Colunas
A multiplicação de um só homem
O domingo está lindo! Céu azul... Bom para viajar. Vou fazer um "estrogonofe bem simples” para ganhar tempo, porque o passeio promete divagações. Escrever à luz do dia, no jardim, é um convite ao devaneio. A passarada canta e, pela tonalidade feliz, canta "parabéns”, pois entendeu, pelas folhas abertas sobre a mesa, que o aniversariante inaugura seus sessenta e nove anos, às vésperas dos setenta e a mocidade em flor.
A primeira impressão é a que fica! No caso de A VOZ DA SERRA, desde a primeira, em 7 de abril de 1945, abriu-se uma trajetória de mais de oito mil "impressões”, que marcam um legado cuja estreia foi possível pela coragem de "um só homem”. Entretanto, o trabalho pedia mais. Multiplicai-vos! O preceito foi cumprido e hoje, com a participação de cerca de trinta funcionários, contrariando o compositor Marcos Valle, podemos confiar na equipe com mais de trinta integrantes, pois a turma é competente e conta ainda com o alicerce dos seus demais colaboradores.
Na ponta do lápis, a equipe crescerá de modo exorbitante, se nós incluirmos as legiões de leitores que contribuem para o sucesso final: o assinante, o que compra na banca, o que pega emprestado com o vizinho, o que lê no salão do barbeiro, na sala de espera, na padaria, na biblioteca, na empresa, no bar da esquina, no shopping, no clube e por ai afora. Dando mais amplidão, os leitores da internet, que ficam atentos e diminuem, muitas vezes, a distância geográfica da terra amada.
O leitor entra no trabalho como o alvo da receptividade. É para tocar os corações, as mentes, as sensibilidades que a equipe se doa. As notícias e as informações, bem apuradas, são ferramentas do ofício e é impossível tapar o sol com a peneira. Por mais que os outros meios de comunicação insiram seus noticiários, o leitor quer saber o que A VOZ DA SERRA dirá em suas páginas. Isso resulta em credibilidade e respeito.
Além da informação — matéria-prima do trabalho — o leitor desfruta dos caprichos da equipe. Como exemplo, a capa do caderno Light, a menina dos olhos da edição, é pensada para ativar emoções. A equipe estuda o tema, imagina a arte, visualiza, dá um zoom no bom gosto e conclui: o leitor vai gostar disso! (E gosta mesmo! Vibra com a criatividade!) E Laercio, lá em cima, soprando inspiração!
Uma vez, numa dessas reuniões de entidades, o artista plástico Felga de Moraes declarou: "Querem saber sobre a minha pessoa? Minha vida está toda no jornal A VOZ DA SERRA!” Achei linda a declaração. Vejo o fato como o sentimento, simpático e amoroso, que o jornal dedica ao seu povo, a sua gente que se torna história.
"Não temos a menor intenção de abandonar a luta...” — disse bem a estrela Dalva. (Nem pensar!) O jornal está ai, dinâmico, participativo, registrando fatos, marcando os feitos do cotidiano friburguense. Cada vez mais, criando janelas para os bairros, as vizinhanças, dando voz ao povo. Um verdadeiro "observatório”, capaz de traduzir os anseios da cidade. Haja "Ponto de Vista” para aguçar a reflexão do leitor. Haja "Eu recomendo” para despertar interesses. Que venham as entrevistas, os esportes! Que a coluna "Ruas de Nova Friburgo” traga sempre uma narrativa envolvente, inspiradora dos bons exemplos. Que a emoção esteja Em Foco e, SobreTudo, que o leitor possa fazer, a cada edição diária, uma excursão de conhecimentos e retornar com a leveza de uma pessoa melhor e muito mais consciente de sua missão no mundo.
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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