Das doçuras do mel à Grande Partida, viver é uma arte!

Saudações aos viajantes! "Que boas memórias temos dos presentes que ganhamos na infância...”! Na carona dessa frase, embarco na Estação Light com meu carrinho de boneca, levando o "Jorginho”, meu primeiro bebê, vindo da produção Estrela, anos 60. (Linda capa do Caderno Light!) Considerando o jornal A VOZ DA SERRA um presente às emoções e ao conhecimento, desembrulhando suas páginas, "repartimos a mesma identificação, o mesmo bem”. Na afetividade, nada como um belo cartão de Natal, feito à mão, como as maravilhas produzidas por Maria Helena Caldas. 

Encarnando Vinicius de Moraes, Robério Canto dá um show de interpretação. Que texto precioso, reluzente como a poesia do "poetinha vagabundo”. Em Cinema, Antonio Fernando traça um roteiro de dar água na boca. Pelo visto, para os cinéfilos será uma tentação muito além das pipocas. Tentação também é a gastronomia de Chico Figueiredo. "Pernil, tender e peru”, só aqui já temos um verso de sete sílabas. Imaginem essa combinação sobre a mesa? Quem resiste? Mas... e os quilinhos a mais? Como é que fica a nossa "definição muscular”? Nada de peso na consciência! "Flacidez tem solução”! Depois dos abusos, recorram à página 3 e as medidas entram nos eixos. 

"A árvore que dá livros” é aquela que dá os mais belos frutos no período natalino. No próximo dia 20, no coreto da praça, teremos a oportunidade de colher e lançar sementes da leitura. Bonita homenagem da Câmara Municipal marcando os 150 anos de nascimento de Alberto Braune. A memória da cidade não pode se perder e, em Há 50 Anos, Nelson Kemp escreve sobre a "inspetoria de trânsito”, denunciando abuso de velocidade, "barulho infernal”, bicicletas na contramão e outras ocorrências não tão diferentes de hoje. História é um prato delicioso e saber quem foi José Nahum Bechara é alimentar o nosso patrimônio histórico. A "Casa Chaleira” estava entre as preferidas de mamãe e era uma parada obrigatória para boas compras. 

Enquanto a Saúde vai capengando, a "Fri On Line” é apontada como a "internet mais rápida do Brasil”. Fazendo bonito também, a direção da Arp investe em sonhos para a cidade — "um lugar onde as pessoas possam vir trabalhar, estudar, consumir, se divertir e, quem sabe, morar”. O projeto "multiuso” é animador. Em "Impressões”, Nelson Bohrer deixa alentos sobre o casarão da praça, erguido em 1843, e ainda afirma que está prevista a confecção de duas réplicas dos majestosos leões, que ficarão em lugar de fácil acesso "para a criançada pintar e bordar”. Falando nisso, Álvaro Ottoni declara que escrever para crianças é uma oportunidade de "se acriançar”. Como na "Mala de viagem”, felizes são "os que compartilham, são generosos...”. 

Um presentão é a entrevista da Estrela Dalva, que nos traz o imortal Zuenir Ventura. "Ouvir” a conversa ornamentada pela figura bonita do "Zu” é dar a alma a luzes de um verdadeiro Natal. Aos 83 anos, na "bárbara idade”, produzindo um musical, entre outras peripécias. Suas palavras e seus feitos são frutos de um plantio incansável, de quem faz da vida um eterno jardim suspenso, muito além da superfície trivial.

"Férias: tempo de ócio criativo e convivência mais profunda” — É assim que a professora Jean Beatriz Wermelinger ilustra o Ponto de Vista, considerando o período de repouso escolar como altamente propício para o cultivo de valores e descobertas de habilidades que não sejam apenas as acadêmicas. 

No Editorial, "A vida por um minuto espanta a todos”! É de espantar mesmo a imprudência. Tomara que o projeto "Cidade Inteligente” dê conta de conter a ignorância da violência no trânsito e que o monitoramento com câmeras possa frear os imprudentes, tanto motoristas como pedestres. Entretanto, qualquer medida se tornará insuficiente enquanto não houver responsabilidade individual em prol do coletivo. É um trabalho intenso de educação, uma vigília constante de conscientização, desde o maternal, sem exagero. O futuro precisa de esperanças!