Criado há pouco mais de nove meses, o Paradox Coral já tem uma trajetória que soma apresentações em Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro e, claro, Nova Friburgo, uma delas na Câmara de Vereadores, durante a premiação do 2º Concurso Literário da casa legislativa. A partir desta apresentação, o Paradox foi convidado para participar do “IV Festival Internacional 3 Fronteiras”, evento que envolve Brasil, Argentina e Paraguai. Marcado para 24 a 26 de abril, o festival será realizado cada dia em um país, tendo apresentações nas cidades de Foz do Iguaçu, Ciudad del Leste (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina).
João Cláudio Lassarotte, músico formado pela Ucam campus Friburgo, é o idealizador e regente do coral, que surgiu a partir de um curso oferecido pela Oficina-Escola de Artes. “O Paradox nasceu do fato de eu não querer desamparar o pessoal quando essa oficina de canto coral foi extinta. Depois cada integrante foi chamando um amigo, que chamava outro... Hoje temos 25 integrantes, e sempre temos espaço para quem queira fazer parte do grupo”, diz Lassarotte. O regente afirma ainda que o trabalho do coral é independente de quaisquer instituição religiosa, pública ou privada e os ensaios são realizados em sua casa. Como não existe este vínculo com outras entidades, não há apoio financeiro para as atividades do grupo. Sendo assim, o Paradox Coral representará Nova Friburgo neste festival com menos da metade dos integrantes, uma vez que os custos da viagem serão arcados com recursos próprios ou com a venda de rifas. No entanto, Lassarotte confessa que ainda espera conseguir apoio de algum empresário ou até mesmo pessoa física que possibilite a ida de todo o grupo. “Há jovens aqui que nunca foram nem a Rio das Ostras. Imagina a revolução que vai ser na cabeça deles representar Friburgo em um festival internacional”
O repertório preparado para o evento é bastante diversificado e — como sugere o nome do Coral — paradoxal. Inclui desde uma música da Renascença Espanhola, a MPB de Milton Nascimento, o sertanejo de Paula Fernandes, música folclórica brasileira, até o pop internacional de Katy Perry. O grupo propõe a quebra de paradigmas, tanto que, além de inovar na escolha das canções apresentadas, o Paradox Coral é formado por pessoas de várias idades, de adolescentes a adultos já não tão jovens, o que promove diversificação também nos gostos musicais, nas conversas e nas vivências de cada integrante. Para Larissa de Oliveira, 15 anos, soprano, a ida a Foz do Iguaçu representa o reconhecimento e mérito de todo o esforço do grupo. “Entrei no Paradox em novembro de 2014, através de uma ex-integrante. A ideia de entrar para o coral partiu da minha paixão por música. Para o futuro, espero tudo o que de bom possamos alcançar. Mostrar o porquê de o Paradox ter sido criado, e por que corremos atrás de nossas metas e sonhos com unhas e dentes.” Opinião parecida tem Lucas Serra, de 17 anos, tenor, que também entrou no grupo a convite de uma integrante. “Estou aqui desde o primeiro ensaio na casa do João [Lassarotte]. O que me fez vir foi a ideia de adquirir volume de voz, entre outras habilidades, o que me ajudaria no teatro, mas o que me manteve foram as amizades que construí. Espero que colhamos os frutos dos nossos esforços, que não foram e não estão sendo poucos. Ou seja, que conquistemos o mundo. O convite à Foz significa justamente o início da nossa colheita,mas também a necessidade de novos esforços”, revela.
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