Colunas
Das tatuagens às marcas de um conflito, viver é fazer escolhas
Quando vi o Light com a capa toda tatuada, eu tive a certeza de que a trilha sonora do passeio seria com Chico Buarque, que é pra nos "dar coragem pra seguir viagem quando a noite vem...”. As histórias de Ana Blue são empolgantes e descobri que ela também veio do tanque para o jornalismo e até manuseou aparelho de som com fitas K7. Tão jovem e já passou por tantos escalões na vida, o que lhe dá enredo para tatuar folhas e mais folhas com seus causos. Antigamente, as mães pensavam que a partir de uma tatuagem os filhos arrumariam uma "gangue”. Mas que exagero!
Ana Borges nos aproximou do assunto, entrevistando Arthur Galluzzi. Mestre na arte, ele afirma que, ao tatuar a pele, "a dor eleva a autoestima, porque o sujeito se propõe a passar por ela para ter o que quer”. A vida é assim também: na maioria das vezes, os desafios são dolorosos e a recompensa — "Consegui. Venci!” — é o ápice de toda realização. Lembrando Alice Ventura — "Ler é estar em vários lugares ao mesmo tempo”. Assim, estamos nos Alpes, entre a Áustria e a Itália, conhecendo Ötzi, o Homem do Gelo. O tema do caderno é curioso, com destaque para arte de Galluzzi, em fotos incríveis. É pura contemplação! Em Cinema, imagens "emblemáticas” nos levam a "momentos icônicos”. Em Gastronomia, Chico Figueiredo tatua seu espaço com a vedete dos temperos — a cebola, que faz rir e chorar ao mesmo tempo.
"Celebração Tupy” — Quem assistiu se encantou, quem não viu agora quer ver! Esta é a intimação para o Taca — Reprise! Alô, Jane Ayrão, pense nas possibilidades de uma reapresentação! Nossa doce Jane lembra mulheres marcantes e o jornal segue homenageando o Oito de Março. Desta vez, dando ênfase às profissionais que exercem funções outrora específicas dos homens. Mecânicas, lutadoras e as empreendedoras do CrossFit, todas pegam pesado e estão certas do caminho que escolheram.
Em "Ruas de Nova Friburgo”, a conhecida "avenida do Hospital Raul Sertã” tem como patrono o ilustre Ruy Barbosa, que, entre tantas maravilhas de seu legado, passou por Nova Friburgo, onde a residência dos Salusse ficou conhecida como "Casa de Ruy Barbosa”. E tem mais: o famoso discurso "Oração aos Moços”, de 1920, foi apresentado no Colégio Anchieta, quando o Águia de Haia atuou como paraninfo de uma turma de bacharéis de Ciências e Letras. É o passado iluminando o presente. Em 1965, "Há 50 anos”, o presidente Castelo Branco "anunciava coisas maravilhosas” sobre a situação econômica do Brasil e até hoje esperamos por tempos de bonança. Parece que os arrochos são eternos vilões, pois até a crise no setor de confecções já "acendeu a luz vermelha”. Enquanto isso, o "Leão” está aí para cobrar seus direitos sobre os indivíduos, que podem até beneficiar projetos solidários com a declaração de Imposto de Renda. Vale a pena reler a entrevista com Gilvan Verbicário sobre o tema. Enquanto isso, o IPTU está na pauta e a primeira parcela vence na próxima quinta, 19.
A reabertura da Biblioteca Municipal é alvissareira e engloba segurança, parcerias, atualização do acervo e outras providências que tornarão o espaço público capacitado para a demanda dos usuários. Boas falas para Nova Friburgo! No "Editorial”, o enfoque é para os jovens e as perspectivas com o primeiro emprego — "o sonho que evitará os passos perigosos e quase sempre fatais da marginalidade”. Sobre "Impeachment”, Alzimar Andrade disserta muito bem e afirma que "maus políticos só temem duas coisas: povo e prisão”. Então, estamos com a faca e o queijo, pois se o povo protestar e a Justiça atuar plenamente, mudanças ocorrerão. Toda essa engrenagem se encaixa em "Impressões” — "Mundo em crise”. Com "um olhar sobre o conflito”, Antonio Fernando mostrou um panorama com nove estágios de comportamento em situações conflitantes. Opiniões divergentes são positivas para o amadurecimento de qualquer sistema e saber "conciliar” os estágios de um conflito é mister da evolução humana. Vivendo, lendo e aprendendo com A VOZ DA SERRA!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário