A alma encantadora do Jornal A VOZ DA SERRA

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, último domingo, 8, a trilha sonora escolhida pela tripulação Light não poderia ser mais adequada: "Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda!” Erasmo Carlos foi brilhante quando compôs esse verdadeiro hino em homenagem à força feminina. Seguindo a ordem dos fatores começamos com Malala Yousafzai, que nos contagia de esperanças com seu discurso pela paz. "Por que fornecer armas é tão fácil, mas doar livros é tão difícil?” A pergunta da jovem paquistanesa, entre outras questões, é uma bandeira a ser levantada mundialmente. 

"Quantas histórias começam assim. A mãe costureira, bordadeira, lavadeira, secretária”. Ana Blue sempre acerta em cheio! As mães são sempre lembradas, porque é onde a vida tem origem. Nas filosofias da "quase-avó” Scheila Santiago, "tudo é resultado dessa coisa imensa, poderosa e bela que é a vida”. E tudo está se encaixando nas surpresas, pois em literatura, Cora Coralina é mestre para dizer que "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada”.

As mulheres estão mesmo em todas! Na Discopédia, com Rita Lee. Nas saladas que Chico Figueiredo apresenta, facilitando o cardápio das cozinheiras. Em Cinema, no desempenho das estrelas que emprestam brilho a tantas outras mulheres poderosas. Escritoras, artistas, guerreiras do dia a dia, anônimas, todas protagonizando uma existência significativa, mudando e melhorando o mundo. O Light está radiante, mas vamos em frente! Tem muito mais luz no percurso das surpresas.

Já são 152 anos da Euterpe Friburguense e o presente é a apresentação da banda no Teatro João Caetano, no Rio, no projeto Banda Larga – Maratona Estadual. E tia Leninha, 90 anos, firme e forte! (Eu sou Bravo também). Por falar nisso, dá gosto ver a Rua Carlos Éboli, pois foi lá que a família Bravo morou, numa casa que chamavam de "sobrado”, que ainda existe e mantém a fachada conservada. A história do médico é muito interessante e remonta ao tempo em que os vereadores não eram remunerados e mesmo assim o doutor Éboli era responsável "por cuidar gratuitamente da limpeza e conservação da praça”. Louvável!  Em 1965, "Há 50 Anos”, a manchete: "Contribuintes assustados com o aumento do Imposto Predial” — coisa antiga, hein! 

Na seção de esportes, Vinicius Gastin, no clima do Dia Internacional da Mulher, homenageia as esposas, musas dos lutadores Edson Barbosa e Marlon Moraes, que exibem os melhores prêmios: seus herdeiros. Dirce Montecchiari é toda felicidade! Em conversa com Ana Borges, revela alguns traços precisos e preciosos que formam a bela paisagem de sua existência. Não é sem razão que, "No giro dos sonhos”, chega ao rol dos expoentes acadêmicos da cidade, afinal, ela "adorava ler mesmo antes de aprender”. 

"Mordomias reajustadas” — no editorial está o angu de caroço que o povo digere, enquanto assiste a ostentação parlamentar dos seus representantes que "deveriam se antecipar às críticas populares, propondo medidas que cuidem do bem-estar da população...”. Bem faz a Prefeitura de Nova Friburgo com a intenção de cortar R$ 40 milhões em gastos. Se o povo economiza, faz das tripas coração, os governos também têm que dar exemplo. Em Ponto de Vista, o uso facultativo do terno está sob medida para classe dos advogados. Esses costumes herdados de outras colonizações não combinam mesmo com um país tropical. É o mesmo que comer nozes no Natal. 

Do começo ao fim, o jornal rendeu vivas às mulheres e em "Impressões”, Antonio Fernando define "mulheraço”: "aquela que vive a vida em sua plenitude, ama os seus, gosta de si e ainda tem tempo para gostar dos outros”. São mulheres que abraçam causas como a Deam, o Crem, o Tecle Mulher, e tantos outros projetos relevantes. Mas... cá pra nós, hein, que time de mulheraços tem a nossa AVS! "Ah! Essas mulheres...” — As musas do jornal dão um show de beleza e competência. Se fosse um concurso de miss daria vitória para todas! Essas lindezas que tornam a alma de A VOZ DA SERRA mais iluminada. E a luz é tanta que já alcança o mundo inteiro!