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MASSIMO - 28/10/2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)
CIDADE MAIS LIMPA (1)
Em Nova Friburgo, diversos leitores observaram que, pela primeira vez em muito tempo, as ruas não ficaram tão sujas num dia de votação.
Apenas um ou outro colaborador relatou o derrame de material do senador Marcelo Crivella. Sobre Pezão, nenhuma reclamação.
CIDADE MAIS LIMPA (2)
A esse respeito, nosso fotógrafo Lúcio César Pereira fez uma imagem de grande sensibilidade.
Seria ótimo, afinal, que em vez de santinhos, as ruas ficassem cheias de pétalas de flores.
ELEIÇÃO NACIONAL (1)
E o povo decidiu: teremos Dilma Rousseff no comando do Brasil por mais quatro anos.
Na eleição presidencial mais apertada desde a redemocratização do País, a presidenta mostrou poder de recuperação e venceu no fotochart, após perder a liderança nas pesquisas ao menos por duas vezes.
A primeira, após o acidente que vitimou Eduardo Campos. A segunda, após a surpreendente ida de Aécio Neves ao 2º turno.
PARÊNTESES
Abre parênteses.
Aliás, não deixa de ser perturbador imaginar que o resultado das eleições presidenciais poderia ter sido decidido por algo tão imponderável quanto a data em que ocorre um acidente, por mais importante que este seja.
Fecha parênteses.
ELEIÇÃO NACIONAL (2)
Apesar da vitória petista, o recado das urnas foi bastante claro: o brasileiro quer mudanças em algumas linhas de governo.
A soma de votos brancos, nulos e em Aécio superou, em quase quatro milhões, a votação da presidenta, e representou 51,63% do contingente que foi às urnas no domingo.
Compreender estes números, identificando com nitidez os pontos de insatisfação, parece ser o melhor ponto de partida para a nova administração.
ELEIÇÃO NACIONAL (3)
A julgar pelo discurso que fez na celebração de sua vitória, Dilma parece ter entendido a mensagem. Falou em construir pontes, disse estar aberta ao diálogo, e prometeu se dedicar à realização da aguardada reforma política.
Mais que isso, afirmou que não vê um país rachado, mas sim um cenário favorável ao debate de ideias.
Resta ver se terá apoio no Congresso capaz de viabilizar as mudanças desejadas.
ELEIÇÃO NACIONAL (4)
Muitos analistas têm relacionado os mais de sete milhões de votos brancos ou nulos ao tipo de campanha que predominou em todas as disputas, fossem elas estaduais ou federais.
A rigor, na internet, nos programas de tevê, nos debates e até em alguns veículos de comunicação, a tônica maior da eleição foi a desconstrução de adversários.
O resultado acabou sendo ruim para todos. Raramente vimos o eleitor médio tão descontente com suas opções.
ELEIÇÃO NACIONAL (5)
Uma análise mais detalhada da distribuição de votos sugere que os eleitores de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco acabaram sendo decisivos para a corrida presidencial.
Com a vantagem pró-Aécio no Sul e em São Paulo sendo anulada pela votação esmagadora de Dilma no Nordeste; e a margem de Aécio no Centro-Oeste correspondendo à supremacia de Dilma no Norte, restava saber como ficaria a disputa nestes três estados.
ELEIÇÃO NACIONAL (6)
Em Pernambuco, a dúvida era sobre os efeitos do apoio da família de Eduardo Campos à candidatura tucana. Como se viu, não foram relevantes. Dilma venceu com folga no estado.
Da mesma forma, nos importantes colégios eleitorais do Rio e de Minas, onde Aécio poderia ter conquistado uma vantagem decisiva, o PT acabou saindo vencedor.
Foram os fiéis da balança.
ELEIÇÃO ESTADUAL (1)
E o povo decidiu: teremos Pezão no comando do Rio de Janeiro por mais quatro anos.
Tendo começado a campanha com pouco mais de 5 pontos nas pesquisas de intenção de voto, Pezão beneficiou-se do tamanho de sua coligação para contar com bastante tempo na televisão, e mais tarde soube explorar os altos níveis de rejeição atrelados a seus principais adversários.
ELEIÇÃO ESTADUAL (2)
Aliás, a rejeição foi a tônica das eleições no Rio de Janeiro, conforme deixou claro, no 1º turno, a campanha de Tarcísio Motta, do Psol.
Ainda assim, é possível dizer que Marcelo Crivella sai fortalecido do pleito, tendo superado candidaturas com muito mais tempo de televisão para alcançar o 2º turno.
O mesmo já não pode ser dito sobre Garotinho e Lindbergh.
ELEIÇÃO ESTADUAL (3)
Ainda falando sobre rejeição, no Rio de Janeiro a soma de eleitores que justificaram o voto ou votaram em branco ou nulo ultrapassou a votação do governador eleito.
Está aí um dado muito, muito forte.
ELEIÇÃO ESTADUAL (4)
Marcelo Crivella não reconheceu a derrota, nem deu os parabéns ao adversário.
Em vez disso, o bispo licenciado lembrou dos vários processos movidos contra Pezão ligados a abuso de poder econômico, e afirmou que em respeito aos seus eleitores terá de recorrer do resultado.
A conferir.
ELEIÇÃO ESTADUAL (5)
A trupe de Pezão, por sua vez, aguarda pela repercussão judicial das apreensões de material de campanha com fichas de cadastro de fiéis nos templos da Igreja Universal do Reino de Deus, tanto em Duque de Caxias quanto em Del Castilho.
Crivella nega ter qualquer participação nos episódios.
TOLERÂNCIA ZERO (1)
Em meio a todas as análises eleitorais, a vice-prefeita Grace Arruda convocou uma coletiva de imprensa na tarde de ontem, 27, para comentar o primeiro caso de corrupção flagrado no atual governo.
Trata-se de um funcionário com quase 40 anos de serviços prestados à Prefeitura, que desde o ano 2000 exercia a função de encarregado III, lotado na Subsecretaria de Recursos Humanos.
TOLERÂNCIA ZERO (2)
O caso veio à tona após uma denúncia anônima. O funcionário em questão extorquiu outros servidores, cobrando paralelamente por serviços que faziam parte de suas atribuições.
No caso, auxiliar no processo de aposentadoria e resgate do INSS.
TOLERÂNCIA ZERO (3)
Tanto o prefeito Rogério Cabral quanto a vice-prefeita Grace Arruda declararam que a tolerância do governo municipal é zero no que se refere a corrupção, e pediram que qualquer servidor que tenha denúncias sobre este ou qualquer outro caso não deixe de comunicar a Comissão de Inquérito ou a Polícia Civil.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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