Giuseppe Massimo - 7 de junho 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Camilla Brantes
Por Lúcio Cesar Pereira
Camilla Brantes Por Lúcio Cesar Pereira

PARA PENSAR:

“É preciso administrar o desprezo com extrema parcimônia, pois o número de necessitados é muito grande”

François-Auguste Chateaubriand

PARA REFLETIR:

“Toda força será fraca se não estiver unida”

Jean de La Fontaine

PACOTE GOVERNAMENTAL (1)

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Sérgio Cabral (PMDB) anunciaram a liberação de recursos para as primeiras obras de reconstrução da Região Serrana.

No caso, como se sabe, Nova Friburgo foi contemplada no pacote governamental com 3,2 mil apartamentos populares, a reconstrução de oito encostas e ainda a recuperação ou substituição de 21 pontes.

Detalhe: o distrito de Conselheiro Paulino, um dos mais destruídos na tragédia climática, ficou a ver navios.

Tido como o maior PIB friburguense, o sexto distrito não levou um único centavo.

PACOTE GOVERNAMENTAL (2)

Os sete municípios devastados na tragédia climática serão contemplados pelos governos federal e estadual com recursos na ordem de R$ 678,3 milhões para, após quase cinco meses de espera, iniciar o que se pode dizer a reconstrução pós-tragédia.

Diante do tamanho da tragédia climática — a maior do Brasil e a oitava no mundo em termos de deslizamento — o valor anunciado é tímido, para não dizer uma miséria.

A título de comparação, a reforma do Maracanã, por exemplo, terá R$ 956 milhões dos cofres públicos para a Copa do Mundo, percebe?

PACOTE GOVERNAMENTAL (3)

Dilma e Sérgio Cabral liberaram na sexta-feira, 3, a construção de 3,2 mil casas populares.

Ou melhor, 3,2 mil apartamentos populares para atender aos desabrigados de Nova Friburgo.

Mas, a título de informação, o anúncio oficial é apenas mais um passo na burocracia oficial.

A partir de agora será aberta licitação para a contratação da empresa — ou empresas — que vai tocar o serviço.

O prazo para as empreiteiras se habilitarem é de 45 dias. Depois... Haja paciência!

As primeiras mil unidades só serão entregues, se tudo correr bem, em fevereiro de 2012!

PACOTE MUNDIAL (1)

Na semana passada, como já se sabe, o Banco Mundial confirmou a liberação de empréstimo para a reconstrução serrana.

Mas há de se ter muita cautela antes de soltar fogos.

Isto porque, boa parte dos milhões de reais disponibilizados não subirá a serra, mas ficará na Prefeitura do Rio, a título de apoio para as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

PACOTE MUNDIAL (2)

Parte do empréstimo liberado pelo Banco Mundial, como já foi dito, vai para as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

A parcela que caberá à Região Serrana ainda não é de conhecimento público.

Mas, já se sabe também, que do valor que couber a Nova Friburgo o governo estadual quer utilizá-lo na construção da propalada Estrada do Contorno.

Para ser mais específico, na construção de um túnel da futura rodovia.

Aqui entre a gente, isso é a nossa prioridade nesse pós-tragédia?

DA TERRA

O comandante geral dos bombeiros, ou melhor, o ex-comandante geral dos bombeiros, coronel Pedro Marcos Machado, é natural de Nova Friburgo.

Embora nunca tenha chefiado a unidade local.

VACILO

Sérgio Cabral pisou feio na bola ao chamar os gloriosos bombeiros de "vândalos e irresponsáveis".

Lamentável, senhor governador!

DROGA PESADA

A PM fez neste fim de semana a maior apreensão de drogas no Estado do Rio este ano, aqui em território friburguense.

Acredita-se que os 260 quilos de cocaína e dez quilos de maconha descobertos em Toca da Onça, na região de Lumiar, pertença a traficantes de Macaé, onde o cerco policial tem sido apertado.

É o que se pode chamar de “Intercâmbio Serramar”.

E...

A apreensão dos 260 quilos de cocaína aqui em Nova Friburgo foi um duro golpe no tráfico.

Segundo consulta à internet, o quilo da droga no mercado custa algo em torno de U$ 17 mil a U$ 23 mil.

Palmas para o 11º BPM!

RELÓGIOS DIGITAIS

A população friburguense, de maneira geral, lamenta que os dois relógios digitais — um na Alberto Braune e outro no Paissandu — continuem desativados.

Vale informar que a empresa que explorava os dois equipamentos, após encerrar suas atividades, oficializou recentemente a devolução de ambos à Secretaria Municipal de Serviços Públicos.

Cabe ao governo municipal agora abrir licitação para escolher alguma outra empresa que se interesse pelos relógios que, como se sabe, sempre foram uma atração a mais neste período de frio, aferindo a temperatura de geladeira do inverno serrano.

E POR FALAR...

Além dos dois relógios digitais, os outros equipamentos em via pública, com a mesma finalidade, permanecem parados.

A saber: do Shopping Castelinho, na Getúlio Vargas; do Rotary, no Paissandu; da Fábrica Ypu, da Rendas Arp...

Exceção apenas feita ao relógio da minha, da sua, da nossa Catedral São João Batista.

Amém!

PONTO FINAL

Agora só está faltando nevar em Nova Friburgo.

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Massimo

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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