Eu recomendo - 14/06/2014

sexta-feira, 13 de junho de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Eu recomendo - 14/06/2014
Eu recomendo - 14/06/2014

"Ah, diz só que eu sou bonito.” Irreverente, assim Thiago Herdy pede para ser descrito no Eu Recomendo de hoje. A gente atende ao pedido, mas a descrição de Thiago tem muito, muito mais. Ele nasceu em Friburgo e se formou em Publicidade e Propaganda, mas foi na fotografia que descobriu sua maior paixão — e fez dela profissão. Hoje mora entre Rio e São Paulo, onde realiza seus trabalhos, inclusive com fotógrafos renomados, como Vicente de Paulo, Pino Gomes, Yuri Sardenberg e Rodrigo Lopes. Sua arte pode ser vista nas revistas Quem, Festas e Noivas, no Ego, Globo online, na capa do CD do grupo Melanina Carioca. Fotografou personalidades como Ísis Valverde, Marcos Veras, Duda Nagle, Antonio Calloni, Bernardinho, ufa! É direto dessa ponte Rio-São Paulo que o fotógrafo Thiago Herdy envia suas sugestões de literatura, cinema e música:

 

Livros

Tête à tête 

Retratos de Henry Cartier Bresson, 1999

"Livro muito interessante, que reúne os principais retratos de um dos maiores fotógrafos da história. Um dos responsáveis pelo conceito de fotojornalismo moderno, nos mostra, de certa forma, o que já estava ali e que jamais veríamos. O incrível dessa obra é a união de retratos de pessoas famosas com pessoas comuns em momentos que parecem únicos, que nunca mais voltarão.”


Terry World 

Terry Richardson, 2004

"Esse trabalho mostra toda irreverência desse que é o mais importante fotógrafo de moda atualmente. O seu olhar nos mostra ângulos totalmente diferentes e traz à tona a questão da sexualidade para o cotidiano. Velhinhas, mulheres, homens, todos são colocados em situações de conotação sexual, que de alguma forma todo mundo pensa ou imagina, mas acaba não fazendo ou falando. A princípio, suas fotos podem chocar os mais conservadores, mas sem sombra de dúvidas te fazem olhar o sexo de maneira diferente.”

 

Filmes

Glória Feita de Sangue 

de Stanley Kubrick, 1957

"Filme excelente, que retrata a recusa de soldados franceses em cumprir uma missão contra alemães e são julgados por covardia pela corte marcial. Esse filme mostra o quanto o sistema de poder é cruel. Mesmo estando com a razão, alguns são julgados e mortos. Ninguém melhor do que Kubrick para nos trazer a violência de forma muito atual, apesar de o filme ser de 1957.”

 

Laranja Mecânica

de Stanley Kubrick, 1971

"Esse filme pode parecer clichê ao se falar de bons filmes, mas a verdade é que a maioria não o assistiu. Considerado por muitos a maior obra prima da sétima arte, Kubrick mais uma vez conta como nenhum outro a relação da nossa sociedade com a violência. Contada sob a ótica de um sociopata, o filme mostra de forma poética a história de Alex, um jovem inglês líder de um grupo de delinquentes que matam, estupram e assaltam as pessoas pelas madrugadas. Ao ser preso, passa por um tratamento ‘inovador’, durante o qual ele começa a ter aversão à violência. O filme é muito bem roteirizado e produzido, e as cenas são verdadeiros clássicos na fotografia cinematográfica.”

 

Música

Curtains

John Frusciante, 2004

"Nono álbum solo do guitarrista americano, mais conhecido por integrar a banda Red Hot Chilli Peppers. Essa obra contrasta totalmente com o que ele normalmente produzia, que incluía muito eletrônico e total psicodelia. Curtains traz, sim, a psicodelia, mas de forma mais suave, e mescla boas letras com melodias doces, bem típicas de um dos melhores guitarristas contemporâneos. Vale muito a pena ouvir.”

 

Secos e Molhados I

de Secos e Molhados, 1973

"Álbum de estreia do grupo de mesmo nome, lançado em 1973. Considerado um dos maiores discos já produzidos no Brasil, foi lançado em meio à Ditadura, pedindo liberdade de expressão e fim das guerras em letras quase subliminares, o que passava despercebido pelos militares, como em Sangue Latino, O vira, Assim Assado e Rosa de Hiroshima.”


Songs for the Deaf

de Queens of Stone Age, 2002

"Banda americana que trouxe à tona um estilo não muito difundido, conhecido como stoner rock. O interessante desse disco foi o respiro que deu ao rock no cenário musical, já que havia alguns bons anos sem nenhum lançamento de peso e a música eletrônica entrava com força total. Este trabalho conta com a participação do ex-baterista do Nirvana e atual líder dos FooFighters, Dave Grohl.”


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