Mal de Parkinson: cientistas apontam que sintomas podem ser reduzidos com acupuntura

sexta-feira, 26 de abril de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Seoul, na Coréia do Sul, e publicado pelo jornal CNS Neuroscience & Therapeutics aponta que a acupuntura pode reduzir os sintomas causados pela doença de Parkinson. Segundo os autores do estudo, o método milenar da medicina tradicional chinesa reativa regiões do cérebro que foram desativadas pela doença. 
Os cientistas explicaram que vários estudos anteriores tinham mostrado que o tratamento por acupuntura alivia os sintomas dos pacientes com mal de Parkinson – tanto seres humanos quanto animais. A equipe responsável pelo estudo utilizou o método de imageamento por ressonância magnética funcional (fMRI) para medir os efeitos que a acupuntura causou no cérebro após a sua aplicação. 
Dividido em dois grupos – grupo controle e o grupo de Parkinson, com 12 pacientes cada, o estudo detectou que no grupo dos pacientes com mal de Parkinson a acupuntura estimulou as seguintes áreas do cérebro: o gânglio basal, putâmen, tálamo e núcleo caudado – todos associados com a doença de Parkinson. 
Tremores, lentidão dos movimentos, falta de equilíbrio e rigidez dos músculos são os sintomas mais observados nos doentes com doença de Parkinson, condição neurológica degenerativa, que progride lentamente e torna-se altamente incapacitante com o passar dos anos,  a ponto de o paciente não conseguir realizar atividades simples como, por exemplo,  abotoar a própria camisa. 
O Ministério da Saúde estima que a prevalência da doença no Brasil seja de 100 a 200 casos para cada cem mil habitantes. Habitualmente os sintomas surgem depois dos 65 anos de idade. Porém, aproximadamente 15% dos doentes com a doença de Parkinson a desenvolvem antes dos 50 anos.
Os primeiros sinais da doença são quase imperceptíveis, como caligrafia menos legível, fala monótona, lapsos de memória e depressão, que podem ser confundidos com outras doenças. Com o passar do tempo, os sinais tornam-se mais evidentes e paulatinamente diminui-se a qualidade de vida.  Apesar de toda a evolução observada na área médica nos últimos anos, a doença de Parkinson ainda é de difícil diagnóstico e sem cura. Quando finalmente a doença é diagnosticada, o paciente é encaminhado para o tratamento padrão, com medicamentos de uso contínuo.
Entretanto, após anos, as drogas deixam de surtir os resultados esperados e os efeitos colaterais acentuam-se e incapacitam os pacientes. Ainda não existem medicamentos capazes de evitar este processo. O mal de Parkinson é uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central, que traz complicações na área motora do paciente. Com o tempo, a rigidez torna-se um dos sintomas proeminentes, o que diminui consideravelmente os movimentos, e os músculos tornam-se mais fracos progressivamente. 

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