Mais idoso portador da Síndrome de Down no país tem 70 anos

Adão Rodrigues da Silva, da cidade de Campo Grande-MS, supera recorde brasileiro e entra para o RankBrasil
sexta-feira, 01 de março de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Mais idoso portador da Síndrome de Down no país tem 70 anos
Mais idoso portador da Síndrome de Down no país tem 70 anos

Adão Rodrigues da Silva entra para o RankBrasil em 2013 superando o recorde de “Mais idoso portador da Síndrome de Down”. O novo recordista nasceu em 9 de dezembro de 1942, completando 70 anos em 2012. A antiga marca era de Raimundo Cardoso de Almeida, de Maracanaú-CE, que em 2010 tinha 66 anos—hoje com 68. 
Natural de Aquidauana-MS e com os pais já falecidos, Adão mora atualmente na cidade de Campo Grande-MS, com familiares. Apesar da síndrome e de uma deficiência visual, ele nunca teve problemas graves de saúde. 
“Meu tio é bem forte e não mostra a idade que tem: parece ser mais jovem”, conta a sobrinha Kamila Riquelmes de Souza, que cuida de Adão. Segundo ela, o recordista não tem nem diabetes ou colesterol—doenças que atingem muitas pessoas mais velhas. “Graças a Deus ele tem saúde pra dar e vender”, completa. 
Apesar da boa saúde, Adão passa a maior parte do tempo dentro de casa, o que deve mudar em breve se depender da sobrinha. “Estou procurando uma forma de o meu tio sair mais, fazer atividades diversas e interagir com outras pessoas”, diz. 
Mesmo em casa, o recordista tem várias maneiras de se divertir. Conforme a sobrinha, uma de suas paixões é tocar violão e pandeiro. Ela conta que o tio também gosta de fingir que está escrevendo, fazendo rabiscos diversos em cadernos. 
Pelo recorde junto ao RankBrasil, Kamila comenta que toda a família de Adão está muito feliz. “Ele é um grande exemplo de disposição”, revela. “Além disto, este título prova que as pessoas com a Síndrome de Down podem sim ter muita expectativa de vida”, completa.

Down é só um detalhe
Sobre o preconceito que muitos ainda têm em relação a portadores da síndrome, Kamila afirma que Down é só um detalhe. “São pessoas como nós, que têm os mesmos direitos humanos, como de serem amados e respeitados”, destaca. “A síndrome não é motivo para a recusa da sociedade, pelo contrário, é a sociedade que precisa se adaptar aos deficientes”, esclarece. 
Para pais que descobrem que têm filhos com Down, a sobrinha de Adão deixa um recado: “Tenham calma, paciência e muito amor, porque há barreiras para se vencer”. Por outro lado, prossegue Kamila, é preciso tratar a pessoa sem diferenças que possam lembrar a todo o momento que ela tem a síndrome. “O portador deve se adaptar à doença e não viver como um eterno doente”, finaliza. 

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