Não pensar que a juventude é eterna

sexta-feira, 08 de fevereiro de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Thereza Freire Vieira (*) 

A eterna juventude sempre preocupou o homem desde a Antiguidade. O trabalho dos alquimistas para descobrirem a fonte da juventude, a preocupação dos escritores, como Goethe criando o Fausto, que, para ter a vida prolongada, fez um pacto com o diabo. Oscar Wilde com o Retrato de Dorian Gray: a figura do rapaz na tela ia envelhecendo e reproduzindo os seus vícios e crimes enquanto Dorian Gray permanecia jovem. 
Na maioria das vezes os indivíduos começam a se preocupar com a velhice depois dos quarenta anos. A vida começa aos 40 é o slogan que se ouve a todo instante. 
A expectativa de vida está aumentando. No início do século, as pessoas ficavam velhas aos 30 anos e morriam aos 40. Atualmente, a idade média de vida é 65 anos, se as pessoas aos 40 anos começam a se preocupar com a velhice, não poderão se organizar, prevenir as doenças, pois se aos quarenta anos são considerados velhos, o que fará com os anos que lhe restam de vida? 
Ficarão esperando a morte chegar? Deixando de fazer as coisas todas que podem ser feitas? 
A vida é um dom de Deus, um privilégio que deve ser aproveitado até a última gota. 
Em um futuro próximo um número cada vez maior de pessoas atingirá os 80, 90, 100 anos. Os cientistas preocupados com os problemas do envelhecimento tudo tem feito, desenvolvendo projetos, para que a vida prolongue em plenitude, que as pessoas estejam sadias o maior tempo possível. 
O que é preciso é que as pessoas se preparem para a velhice, pensar na medicina preventiva e procurar periodicamente um posto de assistência médica. 
Os que chegam ao que chamam de terceira idade procuram os grupos de lazer, praticam esportes, dançam, viajam e fazem tudo que muito antes pensavam ser impossível. 

(*) médica geriatra e escritora colaboradora de jornais e revistas.

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