Gastronomia - 19/01/2013

Estive lendo nas redes sociais e também nas cartas dos leitores de A Voz da Serra sobre os restaurantes não abrirem no fim do ano. Também das notícias negativas na mídia nacional comentando ainda sobre a tragédia de 2011. Creio eu que essa discussão é polêmica e que depende muito de nós revertermos essa situação que está pra lá de insustentável! Vamos por partes. Se os restaurantes não abrem e muitos só voltaram a funcionar no dia 7 de janeiro é porque não há demanda (clientes) para mantê-los abertos. Todos nós sabemos que isso vem acontecendo há alguns anos em nossa cidade. Os proprietários aproveitam para dar férias coletivas aos funcionários e todos aproveitam a região dos lagos e principalmente Rio das Ostras para curtir uma praia e renovar as energias. Algo que as confecções aproveitam com a mesma finalidade. Concluindo, nossa cidade fica às moscas, mesmo. 

Quanto ao cenário negativo que a imprensa, de modo geral, vem mostrando, na Região Serrana, também é um fato que causa bastante polêmica. Ao se falar mal, afugentam o turista; apesar de algumas tentativas, praticamente nada se fez por nós, serranos, tão massacrados e até hoje esquecidos pelas autoridades. Gostaria que entendessem que minha opinião é mais reflexiva e que tudo isso também me preocupa, já que faço parte dessa massa. Bem, por que não aproveitar uma das coisas que temos de melhor que é nossa gastronomia? Por que não divulgamos a produção de nossas cervejas que só faz crescer? Por que não divulgamos nosso clima que, admito, já foi bem mais ameno, aos turistas? Por que não divulgamos nossas cachoeiras e roteiros de caminhadas e escaladas e todas as “adas” possíveis? Por que não divulgamos nossos distritos que são fantásticos e belos, cada um com sua característica invejável? E a nossa potência como produtor de flores de corte? Nossas trutas? Por que não fazemos realmente o nosso Natal dos sonhos, sem demagogia e cópias de outros lugares? Por que não fazemos um carnaval gostoso e familiar, já que temos capacidade pra isso? Por que não fazemos uma festa das colônias, espetacular, já que temos tantos povos juntos, irmanados, num só lugar? Por que não fazemos nossa festa da cerveja? Por que não fazemos nosso melhor festival da truta do Brasil? Por que não fazemos, no verão, um grande festival da picanha e de nossas cervejas, já que todos nós gostamos de um bom churrasco e temos casas maravilhosas nos servindo tão bem? Não acreditamos em nós? Não somos capazes? Estamos tão abatidos que não conseguimos nos erguer? E o nosso festival de inverno? Porque não um belo festival de verão? Enfim, eu poderia ficar aqui descrevendo nossos fracassos e conquistas, defeitos e qualidades, por horas! Temos que nos unir de verdade! Temos que parar de só reclamar! Temos que parar com a inveja e a picuinha! Temos que participar! Não achar que o poder público é obrigado a fazer tudo, sozinho, e a gente só ficar assistindo de camarote e procurando defeitos! Para que servem os conselhos? Para que servem as entidades? Para que servem as associações? Vamos dar a volta por cima e arrebentar. Somos tão bons que me dá até medo do que somos capazes. Vamos acordar pra vida, que ela é muito breve! Vamos dar as mãos como demos na tragédia. Vamos dar as mãos para dar o destaque que a nossa Nova Friburgo merece. Um viva bem grande a todos nós que amamos e trabalhamos por nossa terra. Salve os 150 anos da gloriosa Sociedade Euterpe Friburguense e vamos juntos trabalhar, em harmonia, com o governo que se inicia!

PICANHA – Carne muito procurada para churrasco, é parte da alcatra. Tem forma triangular e uma boa camada de gordura. Retira-se da parte traseira ou lateral da rês, da região lombar, entre as últimas vértebras do animal. É uma carne muito saborosa, ótima para churrasco, além de assados.

CHURRASCO – É um processo de cozimento sobre brasas em que o alimento tem sua superfície dourada e o interior cozido. Técnica típica dos gaúchos, do sul do país, hoje encontra-se difundida por todo o Brasil. Esse processo já era utilizado na Europa desde os primeiros séculos da Era Cristã. O resultado é semelhante ao grelhado, com a diferença de que o alimento adquire o aroma do carvão em brasa. Para dar um sabor especial, podem ser incluídas no braseiro lenha ou ervas aromáticas. Carne de gado, porco, ovelha, sem tempero ou apenas temperadas com sal grosso, assadas ao calor da brasa, sobre grelha ou no espeto, ficam com esse sabor característico. Além das carnes, também podem ser cozidos desta forma frutas, vegetais, aves e peixes.

Ingredientes: 1 peça de picanha, farinha de trigo, alho fresco triturado, maionese, pimenta-do-reino e sal refinado a gosto. 

Modo de preparo: Tempere a picanha com sal e um pouco de pimenta-do-reino. Passe o alho triturado. Depois disso, passe um pouco de maionese para fixar a farinha de trigo na carne. Faça os procedimentos sempre dos dois lados da picanha. Em um refratário, coloque a peça da picanha temperada. Acrescente a farinha de trigo dos dois lados, retirando o excesso. Uma crosta, que depois ficará crocante, irá se formar. A farinha de trigo não deixará a carne secar. Em uma assadeira, coloque a peça da picanha temperada e empanada, com a gordura voltada para baixo. Leve ao forno, já pré-aquecido, em temperatura média/alta por mais ou menos 40 minutos, conforme o ponto da carne que você preferir. Depois de assada, fatie a picanha.

Rendimento: 8 porções 

Notas: É sempre bom saborear uma boa picanha. Essa é bem gostosa e rápida e diferente. Sirva com arroz branco, farofa e batata frita. Mas fica ótima com pão e molho à campanha ou até mesmo com uma boa salada!

BOM APETITE!!!