Criatividade na velhice

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Thereza Freire Vieira (*)

A criatividade é a melhor resposta para solucionar problemas de qualquer natureza da vida das pessoas. 
Os processos para desenvolver uma produção criativa são passos pelo qual o indivíduo chega a realizar o que estava apenas em sua mente, desenvolvendo o potencial criativo. 
Para que haja uma resposta criativa, é necessário um esforço mental concentrado, a obra criativa não é conseqüência de um Milagre.
Não são apenas os gênios e nem apenas os 1oucos que têm um alto potencial criativo. A Dra. Nise Silveira desenvolveu o potencial criativo dos doentes mentais do Instituto Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro, onde trabalhou uma vida inteira para romper as cadeias, que ligavam os loucos a choque elétrico ou choque insulínico, e outras atividades que a fizeram revoltar-se com as técnicas usadas na época. E os seus doentes punham na tela o seu inconsciente e com isso fizeram trabalhos admiráveis e alguns conseguem viver de sua arte. Com a sua técnica, Nise Silveira conseguiu mudar alguns conceitos em psiquiatria. 
Alguns autores consideram a criatividade como um indicador de saúde mental, o eixo principal na formação de autoconceito positivo, assegurando formas de resolução de problemas em qualquer fase da vida. 
São traços criativos, a capacidade de gerar ideias e resolver problemas, pensamento inovador e original, fantasia e imaginação que desfazem os bloqueios mentais, não relacionado com as perturbações psicológicas, sensibilidade interna e externa, inconformismo (que não seja rebeldia), pois o criativo é capaz de aceitar as regras sociais e ser independente em seus julgamentos e aberto a novas experiências. Não apenas preferência por situações desafiadoras, mas tendo a motivação e senso de humor sempre presentes e principalmente espontaneidade e confiança em si mesmo.

(*) médica geriatra e escritora,
colaboradora de jornais e revistas

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