Os Focas - 07/12/2012

sexta-feira, 07 de dezembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Nos dê motivos!

Acabou! A saga “Crepúsculo” finalmente chegou ao fim! Não teremos mais que lidar com vampiros brilhantes e lobisomens que não tem pelos pelo corpo. Nem com uma mocinha que consegue gerar a empatia de um cone de sinalização. Que venha o próximo motivo de bullying juvenil!


Desamarrando

Priscilla Franco

É complicado ser feliz no meio de tantos limites. Os padrões que me cercam me impem de ir mais longe, crescer, mostrar minha verdadeira face. Envolta em uma atmosfera de julgamentos, tudo a minha volta me rotula. 
A aparência é o primeiro problema. Me incomoda ser grande demais para não caber no que é belo, me assusta ser pequeno demais para que ele não me caia bem. Pintam a minha cara com tons que não escolhi e me dizem que a cor mais bonita fica lá, do outro lado do arco-íris.
As minhas menores escolhas determinam o tempo todo aquilo que eu sou. Seremos inimigos se o ritmo da música que eu canto é diferente da que você gosta de escutar. Estaremos fadados eternamente aos universos distintos das prateleiras de uma loja de discos?
Vivemos em lados opostos de um abismo de diferenças irreversíveis, a que chamamos, carinhosamente, de gostos pessoais. Mas será mesmo que o mundo nos dá a chance de escolher livremente aquilo que amamos? 
Só percebo a extensão do problema quando finalmente resolvo desatar os nós. Descubro que as amarras estão escondidas, em um lugar onde meus dedos não alcançam. Elas moram no mesmo lugar onde dorme o meu próprio preconceito.


LEMBRA DISSO?

Amine Silvares

Os últimos três filmes da franquia James Bond são muito bons, mas fazer uma retrospectiva e assistir à saga desde o começo vale muito a pena (até porque, os longas com Daniel Craig estão cheios de referências às produções antigas). 
O agente fictício criado por Ian Fleming já foi vivido por seis atores no cinema. O primeiro a interpretar 007 foi Sean Connery, que fez seis filmes entre 1962 e 1971. “007 Contra o Satânico Dr. No” foi o filme que deu início à saga. A cena em que a Bond Girl Urusula Andress sai do mar usando um biquíni branco se tornou referência na cultura pop e até Ivete Sangalo fez uma homenagem em um de seus clipes. Em todas as produções que participou, ele usou um topete falso.
George Lazenby veio em seguida. O ex-modelo australiano não tinha nenhuma experiência em atuação, mas cortou o cabelo, comprou um terno novo e inventou um currículo que acabaram impressionando um dos produtores. Ele fez apenas um filme, “007 A Serviço Secreto de Sua Majestade” e dedicou sua carreira à televisão. Depois dele, Sean Connery voltou ao papel.
Depois veio Roger Moore, que começou em “Com 007 viva e deixe morrer”, baseado no segundo livro lançado por Fleming. Ele foi o ator mais velho a assumir o papel, com 45 anos, e interpretou o agente entre 1973 e 1985. Ao todo, foram feitos sete filmes com ele.
Como o quarto Bond, Timothy Dalton foi escalado para o papel. Ele já havia sido cogitado anos antes para substituir Connery e feito testes de vídeo. Fez apenas dois filmes, “007 marcado para a morte” e “007 - Permissão para matar”, e decidiu sair após a aposentadoria de um dos produtores.
Após seis anos de hiato, o irlandês Pierce Brosnan assumiu o papel. Assim como Dalton, ele já havia sendo cotado para viver Bond. Ele decidiu virar ator após assistir “007 Contra Goldfinger”. Durante os testes, o ator competiu com Liam Neeson, Mel Gibson, Sam Neill, Hugh Grant e Lambert Wilson. Seu primeiro filme, “007 Contra Goldeneye”, teve que ser reescrito por ter muitas semelhanças com “True Lies”, que estava sendo lançado na época das filmagens. Brosnan fez quatro filmes como o agente.
Em 2006, foi a vez de Daniel Craig fazer “007 – Cassino Royale”, baseado no primeiro livro lançado por Fleming. Ele também fez “007 – Quantum of Solace” e o mais recente da saga, “007 – Skyfall”, que é o mais bonito, visualmente falando. Ele já assinou contrato para fazer mais dois filmes, que estão previstos para 2014 e 2016.


LER, VER, OUVIR

João Clemente

Ler: Já foi dito inúmeras vezes que é necessário você morrer para receber o devido reconhecimento. Se isso não deixa de ter um fundo de verdade, alguns poucos privilegiados como Dave Grohl tiveram a oportunidade de poder receber os louros da glória ainda em vida (embora saibamos que, quando um dia ele de fato morrer, a coisa vai aumentar, um verdadeiro culto a sua pessoa se iniciará). Dave Grohl, além do prestígio pelo seu talento musical, também é considerado pela sua simpatia o “cara mais legal do rock’n’roll”. O livro “This is a call: a vida e a música de Dave Grohl”, escrito por Paul Brannigan (editor da revista de rock “Kerrang!”), é uma ótima biografia deste artista que começou a carreira na bem-conceituada cena punk hardcore de Washinton D.C., foi integrante da banda ícone dos anos 90, o Nirvana, e começou quase do zero novamente com um novo grupo, o Foo Fighters, até aos poucos este se tornar um dos maiores do mundo, lotando estádios. Sem contar seus projetos paralelos, com ilustres participantes como John Paul Jones, ex-Led Zeppelin, e Lemmy, do Motörhead, entre diversos outros. O livro é interessante porque mostra o lado pessoal de Grohl, com muitos depoimentos marcantes, e também aborda com profundidade o contexto histórico-musical à sua volta. Um ponto negativo vai para a tradução e/ou revisão dessa primeira edição aqui no Brasil, que contém erros para além do aceitável, porém, nada que impeça o prazer da leitura (se você não for muito obsessivo-compulsivo!).

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