Picuinhas: isso já deu o que tinha que dar!
Invente, tente, faça um 2013 diferente. Esta é a mensagens antecipada de fim de ano de Os Focas já entrando em clima de festa e dando sua força para aquecer a economia local. Afinal, como bem lembrou Carlos Emerson Jr. na coluna dele, pedra que fica parada cria limo! Então, bola pra frente porque o mundo está cheio de coisas legais só esperando uma atitude sua pra acontecer. Se o seu lance é escrever, por exemplo, mande seu material para a gente!
Ser criança é...
Natália Albertini
Brincar, imaginar, correr, fazer perguntas fora de hora, amar um brinquedo, querer comer doce na hora do almoço... afinal, o que é ser criança?! Devemos admitir que não há uma fórmula exata, um comportamento previsível ou um jeito de ser definido. Sabe por quê? Ser criança é viver a liberdade em plenitude. Falar o que quiser, abraçar o amigo na hora que der vontade, sorrir para qualquer um, assim mesmo, à toa.
É permitir que a imaginação de fato realize seu maior desejo, não ter preconceito algum por nada nem ninguém, e por isso são tão felizes. As crianças, ao contrário dos adultos, não ligam para os minimalismos da vida e dessa forma conseguem aproveitar as coisas boas que cada ser tem para oferecer. Não há barreiras para elas.
Quem resiste ao sorriso de uma criança?! Não tem como ser indiferente a um ato tão espontâneo e verdadeiro, ela sorri porque quer e não porque tem que cumprir com os deveres da educação e cordialidade. A inocência e a alegria transparecem no brilho dos olhos de quem ainda tem muito o que ver da vida.
A infância deve realmente ser a melhor fase de cada pessoa. Nela deve-se aprender algumas lições e dela também tirar ensinamentos para o restante da trajetória.
MUNDO ESPORTIVO
Leonardo Lima
Quando se fala sobre natação, umas das primeiras questões levantadas são os benefícios que ela traz para o praticante. Além da motivação de exercer uma prática esportiva, nadar traz uma série de vantagens ao organismo. De fato, a natação é considerada um dos melhores exercícios físicos e ajuda a melhorar a coordenação motora, além de ser recomendada para pessoas com problemas respiratórios, como, por exemplo, a asma. Além disso, também é indicada para crianças menores de três anos.
No entanto, assim como em qualquer outro esporte, também são necessários cuidados para evitar lesões. Se a pessoa que está nadando não usa as articulações para diminuir o impacto, por exemplo, poderá causar mais danos do que benefícios. Cada tipo de nado trabalha determinados grupamentos musculares. Assim, quem pratica um único estilo pode enrijecer apenas alguns músculos, tornando a natação deficitária. A técnica dos quatro estilos—crawl, peito, costas e borboleta—é importante porque facilita o ato de nadar. Há um desperdício menor da energia gasta e, com isso, o nadador consegue aumentar o volume de seu nado. Se um aluno faz em uma hora o percurso de 1.300 metros sem técnica, com ela poderá dobrar a distância percorrida.
Muitas pessoas que estão em fase de aprendizagem acreditam que nunca conseguirão nadar. No entanto, os professores garantem que todo mundo pode aprende o esporte. Para isto, basta saber respirar corretamente no meio aquático. A maioria das praticantes usa a respiração de forma curta, ou seja, inspiram e expiram sem amplitude. Na natação, o ato de soltar o ar é muito importante, pois, através dele, se atinge a resistência na água. Como em qualquer sistema de aprendizagem, neste também é preciso força e determinação.
Para quem deseja praticar o esporte de forma segura e saudável a dica é procurar um profissional para que ele planeje o desenvolvimento de maneira ideal. Além de acompanhar os limites e a capacidade do nadador, irá ajudar no seu aperfeiçoamento, diminuindo assim qualquer risco à saúde. E você: já praticou natação?
LEMBRA DISSO?
Amine Silvares
Que atire a primeira pedra aquele que foi criança nos anos 90 e não dançou as músicas do grupo É o Tchan ao menos uma vez. O grupo, que começou como “Gera Samba”, mostrou como era a quebradeira verdadeira, verdadeira quebradeira que acontecia na Bahia, e deu início a um movimento micareteiro que teve força até meados dos anos 2000.
O primeiro sucesso do grupo foi “Melo do Tchan”. “Segure o tchan, amarre o tchan” etc. Depois do primeiro sucesso em 1995, alguns integrantes do grupo se separaram e fundaram o Terra Samba (“Carrinho de Mão/Padá!/Padá Padá Bá!”). Em 1997, outra cisão transformou os integrantes restantes no É o Tchan, que contava com os dançarinos Jacaré, Carla Perez e Débora Brasil e Cumpadi Washington e Beto Jamaica nos vocais. Que dupla, meu Deus do céu.
Dentre os sucessos imortalizados pelo grupo estão “Melô do Tchan”, “A Dança do Bumbum”, “Ralando o Tchan (A Dança do Ventre)”, “É o Tchan no Havaí”, “É o Tchan na Selva”, e muitos outros clássicos da axé music que permearam os anos 90. As letras eram cheias de erotismos e duplos sentidos, mas quem era criança naquela época jamais poderia imaginar que “ela fez a cobra subir” não estava se referindo a uma mulher que encantava cobras de verdade com a música de uma flauta.
As dançarinas mudaram. Saiu Débora Brasil e entrou Sheila Carvalho. Saiu Carla Perez, aquela do “com i de iscola” (quem lembra?), e entrou Sheila Mello. Daí, um belo dia as Sheilas saíram e depois de cair na irrelevância, foi um troca-troca de dançarinas e outros integrantes até culminar com o fim do grupo, em 2006. Eles voltaram a ativa em 2009, sem o mesmo sucesso, e seguem fazendo shows pelo Brasil.
LER, VER, OUVIR
João Clemente
LER - Não é que coube a Henry James, um dos escritores talvez mais serenos da literatura clássica, escrever um dos melhores livros de fantasma de todos os tempos? “A outra volta do parafuso” (1978) conta, através do manuscrito de uma governanta, a história de um casal de irmãos que vai morar com o tio após a morte dos pais. A governanta começa a ver pessoas que ela não conhece na casa, e logo passa a acreditar que se trata de figuras sobrenaturais—e, segundo seu relato, estas provavelmente se relacionam e têm influência negativa sobre as crianças. Henry Miller consegue magistralmente deixar no ar ao longo do livro inteiro esse mistério: as crianças veem fantasmas ou não? Ou, sob outro prisma, como se trata do manuscrito da governanta, não seriam estes somente fruto da imaginação atormentada da mulher?
VER - Não se passa numa plantação de abóboras, mas de milho. Porém, mesmo assim, não deixa de evocar o clima campestre/pagão típico do Dia das Bruxas. Trata-se de “Colheita Maldita”, uma adaptação cinematográfica de um conto de Stephen King que costumava passar nas noites do SBT nos anos 80. É a história de um casal de namorados que se perde na estrada e vai parar numa cidadezinha de interior cuja população adulta foi totalmente assassinada pelas crianças, estas a mando de uma entidade que mora na plantação de milho e que criou um culto em torno dela. O casal de namorados, por mais que tente, não consegue sair da cidade, fazendo com que “Colheita Maldita”, além de ser um filme de terror, possua também ótimos elementos de um filme de ação.
OUVIR - Como bem argumentou um amigo meu, não é correto perguntar a alguém se ele gosta de rock, simplesmente, quando de fato o que você deseja saber é algo que pode muito bem ser descoberto indagando a esta pessoa se ela gosta de Black Sabbath—aí sim você vai saber se ela captou o espírito da coisa. Afinal, foi este grupo inglês que introduziu—ou ao menos difundiu—o gênero terror na música popular. Isso pode parecer temática um tanto adolescente, e não deixa de ser—pois é nesse estágio de desenvolvimento que as pessoas começar a prestar mais atenção em coisas sérias da vida: o mal, a tragédia, a morte. Mas, claro, num ambiente controlado e—aí que está o lance—cheio de força vital, como toda grande obra de arte deve ser.
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