Eloir Perdigão
Atenção, muita atenção, todos que gostam de uma novidade no prato. Tem uma coisa muito bacana acontecendo na feira da Vila Amélia, aos sábados, às 10h. São oficinas de culinária maneiríssimas, com dicas de cozinhar fáceis, com sugestões baratas e gostosas. E o melhor: de graça. E só duram 40 minutos. É o projeto Mãos na Massa, do chef de cozinha e comerciante Flamínio Spreafico. Surgiu assim meio despretensiosamente, fez fama e agora é o maior sucesso.
Flamínio está ligado à área de cozinha, restaurante e pousada faz tempo. E em sua pousada um dos atrativos era justamente a parte gastronômica. Pegava todo mundo pela barriga. Porém decidiu sair dessa situação para fazer a “retaguarda” dos restaurantes. Tornou-se comerciante e hoje tem uma distribuidora, ligada à Coopfeira, uma cooperativa que administra o Mercado Presidente Médici, o mercadão da feira da Vila Amélia. Ele se encarrega de fornecer uma grande variedade de produtos, sejam comprados, como vinhos, azeite, cervejas, cogumelos frescos, ou de produção própria, como massas frescas.
O trabalho de Flamínio na distribuidora já tem dois anos e desde o começo ele vem procurando participar efetivamente da Coopfeira, fazendo com que o ambiente fique cada vez melhor e atraindo mais o público. Certa vez a amiga Mafalda Bárbara lhe fez uma sugestão que encaixava com seus planos: fazer aulas de culinária ali no próprio mercadão. Ela também é chef de cozinha e já teve pousada, com experiência internacional. É outra apaixonada pela gastronomia.
Para pôr em prática a sugestão da amiga, Flamínio aproveitou um espaço de reuniões da Coopfeira, num mezanino do próprio mercadão. Ali, com um grau de improviso bem grande e simples, ele fez adaptações incluindo fogão e mesa e até uma cobertura térmica. A pia já tinha. E a Mafalda foi então convidada para fazer uma aula, porque até então não havia passado pela cabeça de Flamínio o que se sucederia.
A aula foi muito interessante, apesar do poucos interessados que apareceram, pois a divulgação foi mínima, feita pelo próprio Flamínio, na base do boca a boca. E para não perder o fio da meada, foi marcada nova aula no sábado seguinte, dada pelo próprio Flamínio. E aí as aulas começaram a ganhar notoriedade, uns falando com os outros, chefs de cozinha sendo convidados para apresentar suas sugestões gastronômicas e um número maior de pessoas participando. Em menos de um ano o projeto Mãos na Massa ficou famoso. Flamínio, mesmo, deu apenas três aulas. As demais ficaram a cargo dos convidados. Cada um escolhe sua aula, que é gratuita.
A divulgação tem sido feita por Flamínio pessoalmente e por e-mail. Os cadastrados só aumentam. Os participantes são, em média, entre 15 e 20 pessoas, um público de gente que gosta de cozinhar e frequentadores da feira, atraídos para o Mãos na Massa. Até porque depois tem a degustação. Isso mesmo: degustação. É só uma prova, ninguém vai lá para encher a barriga.
O projeto está aberto a novas adesões, tanto para ministrar aulas quanto para aprender. Os pratos são dos mais simples aos mais complexos. Basta comparecer, sempre aos sábados, às 10h. As pessoas podem também se cadastrar pelo e-mail box3flaminio@gmail.com. A troca de experiência é grande. “Tudo em prol de uma boa gastronomia”, encerra Flamínio.
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