Mais saúde

sexta-feira, 11 de maio de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Por Alessandro Lo-Bianco

Novos estudos e tratamentos para Alzheimer, Parkinson e osteoporose trazem esperança para a vida de milhares de pessoas

Com o avanço da tecnologia e das pesquisas clínicas, a sociedade científica anuncia descobertas e tratamentos relacionados às doenças como Alzheimer, Parkinson e osteoporose, que irão beneficiar a saúde e prolongar a vida de pessoas em todo mundo.

Conhecida por ocasionar a perda de massa óssea, causando maior disponibilidade para fraturas, a osteoporose poderá ter seus efeitos minimizados a partir de uma nova substância apresentada por pesquisadores na Espanha. Ao contrário das demais medicações que apenas evitam a perda de massa óssea, o novo tratamento também é capaz de atuar na regeneração do osso, diminuindo consideravelmente o risco de fraturas. Outra vantagem está na forma de aplicação dos medicamentos: em vez de comprimidos diários ou quinzenais, os pacientes poderão injetar a medicação apenas a cada seis meses.

Um estudo apresentado pela revista científica American Journal of Clinical Nutrition demonstrou que os tremores e a desordem nos movimentos dos pacientes acometidos pelo Mal de Parkinson podem ser evitados. O resultado da pesquisa identificou que a célula do sistema nervoso, o neurônio, secreta dois tipos de neurotransmissores (substância química responsável pela comunicação cerebral) e que, se um deles for cortado por meio da nova medicação, as funções motoras dos pacientes com estes sintomas poderão ser restabelecidos pelo outro neurotrasmissor.

A sociedade científica também anda otimista em razão das descobertas divulgadas sobre Mal de Alzheimer. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Mal de Alzheimer é a principal causa de demência no Brasil em pessoas na terceira idade. Ele atinge 1% da população entre 65 e 70 anos, 6% aos 70 anos, 30% aos 80 anos e mais de 60% depois dos 90 anos. Apontada pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, a doença, que é degenerativa e ocasiona, entre outros sintomas, a perda gradual da memória e o declínio no desempenho intelectual e de raciocínio, poderá ser curada dentro de mais alguns anos.

A notícia é fruto de uma sequência de estudos do francês Étienne Émilie Baulieu, que também é o pai da chamada pílula do dia seguinte, usada para evitar a gravidez. O médico anunciou na Academia Francesa de Medicina a descoberta de uma proteína que combate a doença e que também possibilita fazer um diagnóstico precoce antes que ela se desenvolva no organismo. Segundo Baulieu, foi encontrada uma proteína de forma anômala nos casos de Alzheimer e outra que destrói a primeira. Ele explica que, potencializando esta segunda proteína, é possível chegar a um medicamento que freie o desenvolvimento da doença. De acordo com o pesquisador, a descoberta possibilita apontar o diagnóstico bem antes do desenvolvimento da doença.

Ao falar sobre a possibilidade de uma cura definitiva para o Mal de Alzheimer, o médico esclarece que agora será possível traçar, em dois a três anos, um perfil mais claro sobre o funcionamento dessas proteínas. Ainda de acordo com o médico, progredindo os estudos, a medicina estará perto de curar a doença em outros 10 anos, ou seja, dentro de aproximadamente 15 anos.

Ginástica para o cérebro ajuda a combater a doença

Uma pesquisa publicada no Jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos revelou que ler, fazer palavras cruzadas, jogar xadrez e tentar escrever com a mão não dominante estimulam a mente e protegem duas vezes mais as pessoas do Mal de Alzheimer. É preciso trabalhar os sentidos para estimular o cérebro, pois quando ele estranha algo, imediatamente tem que procurar um novo caminho para executar aquela tarefa. Que tal começar numa gostosa brincadeira com a família sentindo cheiros ou provando sabores de olhos vendados? Será que você vai acertar?

Além dessas novidades, a medicina espera que, nos próximos anos, a expectativa de vida das pessoas seja ainda mais prolongada com os avanços dos estudos e aplicações de células-tronco. É unanimidade entre a sociedade científica mundial que a medicina celular chegou com força total. Certamente, podemos esperar um novo tipo de medicina neste século, que representará uma nova vida para milhões de pessoas, que passarão a viver mais e melhor.

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