Por Juliana Scarini / Fotos: Lúcio César Pereira
Um trabalho que prima pela riqueza dos detalhes. Ângela Krämer descobriu o seu talento para desenhar aos 15 anos de idade e de lá pra cá mergulhou no mundo do artesanato. “A primeira coisa que fiz depois que aprendi a desenhar foi testar texturas, depois comecei com a pintura em porcelana”, comenta Ângela, que hoje em dia não trabalha mais com porcelana, mas já pintou vários jarros, potes e pratos.
Depois da porcelana surgiu o desejo de aprender e pintar aquarela em madeira, sempre tendo flores como tema. Outra técnica desenvolvida por Krämer é a still life, uma pintura mais acadêmica. Para desenvolver a still life é fundamental determinar a forma, os detalhes, os ajustes de sombras e luzes, que são refletidas dos objetos a serem pintados. Mas boa parte do trabalho da artista está na pintura country, não muito sofisticada, porém, com um belo efeito decorativo.
Todo o trabalho de Ângela é feito em madeira. Ela encomenda as peças em madeira no tamanho e formato desejados e aí começa a tarefa que mais gosta: pintar. “Algumas vezes eu imagino e desenho da peça em madeira como gostaria, levo para o marceneiro e ele corta para mim”, contou. O grande diferencial de Ângela Krämer são os detalhes. Quem olha suas pintura é capaz de pensar que a imagem foi retirada de uma revista e colada sobre a peça. “Eu costumo considerar isso um elogio, porque eu tento fazer um trabalho muito bem feito e quando as pessoas pensam que é uma gravura eu fico lisonjeada”, argumentou bem-humorada.
Cada peça que recebe pintura demora em média de três a quatro dias de trabalho, mas Krämer conta que tudo depende do tamanho da peça e da disponibilidade de tempo. “Eu sou professora de profissão e agora professora de artesanato. Eu pinto porque eu gosto e para dar aula, mas, é claro, que também aceito encomendas de peças”, frisou, lembrando que seu foco não é comercial, mas sempre faz peças para amigos e pessoas que encomendam e gostam do seu trabalho.
“Minha meta sempre foi dar aulas, depois de aprender com muitas pessoas, hoje, posso passar para minhas alunas um pouco do que sei”, lembrou Ângela, que ministra aulas semanais para um grupo de 10 a 12 alunas. Os encontros acontecem uma vez por semana com duração de três horas. Engana-se quem pensa que já é preciso saber desenhar, basta a vontade de aprender. Ela conta que o mais interessante da pintura é a capacidade de relaxar e distrair a mente e, ainda lembra que muitas alunas procuram o curso como arteterapia, inclusive indicado por médicos.
Mais recentemente Ângela Krämer começou a trabalhar com patchwork, mas ainda não dá aulas dessa técnica. Além disso, ela ainda cria lindas bonequinhas de pano. Durante as aulas as alunas devem levar o seu próprio material e comprar as peças em madeira para trabalhar a pintura.
O valor do curso é de R$ 80 por mês e as aulas acontecem no Cônego. Mais informações pelo e-mail akramer@frionline.com.br ou pelo telefone 2522-2449.
Deixe o seu comentário