E você? Já criou a sua citação roubada hoje?
Depois de esgotar todo o repertório de citações de Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector, Os Focas estão apostando que em 2012 Edgar Allan Poe e Sylvia Plath serão os campeões de citações, especialmente as falsas. Atenção: se você quiser ser vanguardista, vá agora pro Paint e comece logo a sua montagem com uma foto “artística” (com muitas, muitas aspas) e uma citação (não precisa ser do Poe, nem da Plath—ninguém vai saber mesmo!) pra postar no Facebook e se passar por intelectual que lê muuuuuuuuuuuuuuuuuuito. E se alguém quiser mandar para osfocas@avozdaserra.com.br, a gente publica.
Bimba: formando homens há quase meio século
Leonardo Lima
Carlos Weber Jacoud é uma daquelas pessoas que poucos identificam pelo nome. Entretanto, através seu apelido ele é conhecido em toda a cidade. Treinador de futebol há quase meio século, Bimba segue o legado deixado pelo seu pai e treina crianças até hoje no Estádio Olávio Fonseca Coelho, o campo do Serrano. “Meu pai foi um dos fundadores do Serrano Futebol Clube. Ingressei no time juvenil, mas sempre gostei de comandar a criançada. Com 16 anos já era o treinador do dente de leite da época”, conta.
Desde então, o treinador não largou mais a profissão. Embora garanta que era um bom alfa-direita (uma espécie de cabeça de área nos dias de hoje), Bimba se destacou mesmo fora das quatro linhas. “Comecei a jogar no Serrano com 7 anos, fui até a categoria juvenil, porém tive uma lesão que me atrapalhou muito na época”, explica. Aposentado precocemente dos gramados, Bimba comandou por 22 anos o 1° time da equipe vermelho e branco.
Há 35 anos montou a primeira escolinha de futebol da cidade. “Comecei na Fábrica de Rendas Arp, mas logo voltei para o Serrano e estou lá até hoje”, afirma. Ao longo de todo esse tempo, passaram em suas mãos milhares de garotos. Alguns deles se profissionalizaram e chegaram até mesmo a servir as seleções brasileiras de base. “O Felipe, que jogou no Botafogo, o Tinga, que hoje está no Palmeiras, e o Rafael Galhardo, lateral-direito do Flamengo, começaram comigo e chegaram à Seleção Brasileira sub20”, diz com orgulho.
Questionado se revelar jogadores talentosos é o ponto máximo de sua trajetória, Bimba não pensa duas vezes e diz que sua maior satisfação é formar homens ao longo de seus 46 anos de profissão. “Em todo esse tempo se 40 ex-alunos meus foram para o caminho das drogas é muito. Na minha escolinha busco passar para as crianças valores e princípios de dignidade. Sempre tento mostrar que devemos ser honestos e nos dedicarmos para sermos pessoas de bem”, completa Bimba, que revela que já recebeu até mesmo convites para se candidatar a vereador. “Minha área é o futebol”, rebate.
FRASE DA SEMANA
“Você aí, aproveitando dezembro pra se concentrar para 2012: dezembro do ano passado foi a mesma coisa, e deu no que deu”
- @bomdiaporque
LEMBRA DISSO?
Amine Silvares
Um dos melhores desenhos a ser exibidos na TV durante a minha infância foi a saga dos “Cavaleiros do Zodíaco”. A animação japonesa passava na extinta Rede Manchete e foi uma febre tanto entre meninos quanto entre meninas. Foi o desenho responsável pela divulgação dos animês e mangás pelo país. Até minha mãe sentava comigo pra assistir a saga de Seiya de Pégaso, Shun de Andrômeda, Shiryu de Dragão, Ikki de Fênix e Hyoga de Cisne.
Seiya era o personagem principal, um órfão japonês treinado em um santuário na Grécia para se tornar um cavaleiro da deusa Atena. Ele e os outros cavaleiros precisavam dominar o “Cosmo” para poder se tornar grandes lutadores e ganhar suas armaduras, todas com nomes de constelações. Havia três tipos de armadura: as de bronze, as de prata e as de ouro.
No Brasil, “Seinto Seiya”, ou “Cavaleiros do Zodíaco”, foi exibido entre os anos de 1994 e 1998 na Rede Manchete e, posteriormente, pelo Cartoon Network, TV Bandeirantes, Canal 21 (que hoje é a Play TV) e é atualmente exibido no programa “Band Kids”. A música de abertura que mais marcou foi a versão personalizada da Manchete, que os fãs podem achar facilmente no YouTube.
A saga começou a ser publicada no Japão em 1986 e um mês depois sua versão animada começou a ir ao ar no país. Ao todo, já foram lançadas sete sagas para o animê, 13 para o mangá e dez jogos para videogame, além de livros, curtas e longas-metragens. Alguns dos desenhos já foram compilados em DVD e não é difícil achá-los à venda.
LI, VI E OUVI
Priscilla Franco
Li: A rede social Twitter resolveu reunir histórias de seus usuários, e encontrou personagens incríveis. Entre as diversas experiências relatadas está a de um rapaz norte-americano que salvou a livraria da mãe com 140 caracteres: simplesmente oferecendo burritos, uma espécie de panqueca mexicana, aos seguidores que fizessem uma compra na loja. Em http://stories.twitter.com é possível encontrar outras descrições ainda mais fascinantes, como o primeiro “tweet” feito do espaço. Vale o acesso.
Vi: Tenho assistido, sempre que possível, A Vida da Gente, novela da Rede Globo exibida às 18h. Aliás, esse tem sido meu horário preferido na emissora desde a estreia de Cordel Encantado, sua antecessora. A trama envolvendo um delicado triângulo amoroso entre Ana (Fernanda Vasconcellos), Manu (Marjorie Estiano) e Rodrigo (Thiago Cardoso), separados por um coma de vários anos, vai muito além da dimensão rasa com que os dilemas emocionais costumam ser tratados em produções do gênero. Para pessoas com um nível mais agudo de sensibilidade pode ser complicado assisti-la em locais públicos. A novelinha é de arrancar lágrimas fortuitas em alguns capítulos.
Ouvi: Escutei com um pouco mais de atenção a música que o grupo Molejo fez em homenagem ao Michael Jackson, e não é que gostei? “Billie Jean” não é uma paródia de gosto duvidoso, como a que o grupo de forró Calcinha Preta lançou na mesma época, dando uma nova letra para a melodia de “Ben”. A canção dos pagodeiros fala de um rapaz que após tomar umas e outras em uma festa resolve imitar os passos do rei do pop, é filmado e faz sucesso na internet. A musiquinha é bem-humorada, divertida e leve. Ponto para o Molejão!
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