Por Alessandro Lo-Bianco
A Trend Micro realizou um estudo global sobre a segurança das crianças e o uso de tecnologias pessoais, incluindo os dispositivos móveis. Realizada em sete países—Austrália, Brasil, França, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos—, a pesquisa perguntou a 1.419 pais sobre como seus filhos acessam a internet e as medidas tomadas por eles para protegê-los e educá-los sobre os perigos on-line.
Em geral, a pesquisa revelou que, embora os pais de todo o mundo se preocupem com o impacto da tecnologia sobre seus filhos, eles apoiam os benefícios deste novo paradigma e permitem o uso de smartphones e redes sociais desde cedo. Os pais entrevistados compreendem os riscos e afirmam assumir a responsabilidade na orientação e vigilância sobre o uso da internet e de outras tecnologias por seus filhos.
Atitudes de apoio à segurança na internet
• A maioria dos pais pensa de forma parecida, compartilhando preocupações sobre o uso crescente da internet pelas crianças. No entanto, pais de certos países preocupam-se mais que os de outros. Por exemplo, 56% dos pais britânicos entrevistados acreditam que a internet é segura para as crianças, em comparação com apenas 12% dos japoneses. Os filhos de japoneses ainda têm menos chances de utilizar as redes sociais: apenas 12% dos pais entrevistados no Japão dizem que seus filhos têm perfis nestes sites, em comparação com 63% dos pais brasileiros;
• A maioria (73%) dos pais cujos filhos têm contas em redes sociais disse que a privacidade on-line nestes sites é importante, especialmente nos Estados Unidos (85%), no Reino Unido (83%) e na Austrália (81%).
• Mais da metade dos pais com filhos em redes sociais preocupa-se “frequentemente” ou “o tempo todo” com a privacidade das crianças nestes sites. Isso é particularmente forte no Brasil, onde um terço dos pais preocupa-se “o tempo todo” com a privacidade de seus filhos nessas redes.
Uso das Redes Sociais
Quase metade dos pais consultados disse que seus filhos têm contas em sites de redes sociais em que a idade mínima é de 13 anos. Porém, a idade média dos seus filhos que usam estes sites é de 12 anos.
• As crianças brasileiras estão começando a usar as redes sociais antes que em outros países, a partir dos 9 anos, em média;
• 76% dos pais entrevistados disseram ser amigos de seus filhos nas redes sociais, e cerca de dois terços monitoram o comportamento de seus filhos nestes sites pelo menos uma vez por semana;
• Mais da metade dos pais entrevistados (51%) acredita que seus filhos agem com responsabilidade nas redes sociais. Dos pais norte-americanos participantes do estudo, 67% acreditam que seus filhos são responsáveis quando compartilham informações pessoais.
Uso de smartphones e segurança para dispositivos móveis
• Na pesquisa, os pais foram questionados sobre o uso de smartphones pelos filhos. Porém, poucos entrevistados haviam comprado um aparelho deste tipo para eles.
• Mundialmente, cerca de 17% dos pais adquiriram um smartphone (em vez de um celular comum) para seus filhos. Esta porcentagem é mais alta no Brasil, 27%, e mais baixa no Japão, com apenas 5%.
• A idade média com que as crianças ganham um smartphone é de 13 anos.
• Em todo o mundo, os pais não são espectadores passivos e estão definindo regras sobre o uso dos smartphones: 86% dos entrevistados orientaram seus filhos sobre o uso seguro e responsável do telefone. No Brasil, mais de 90% dos pais que compraram smartphones para as crianças disseram orientá-los sobre o uso apropriado do aparelho.
• Globalmente, cerca de 27% dos pais consultados estariam inclinados a adquirir um aplicativo de segurança para o smartphone que os ajudasse a orientar seus filhos sobre a utilização apropriada do dispositivo.
Dicas para os pais na educação de seus filhos
Para os pais que ainda não estão prontos para orientar seus filhos sobre o uso da tecnologia, estas são algumas maneiras que podem ajudá-los rapidamente.
• Ajudem seus filhos a acessar sites apropriados para sua idade;
• Se possível, certifiquem-se de que as crianças usem senhas fortes e configurações de privacidade que, ao mesmo tempo, sejam as mais fortes possíveis e deem a eles flexibilidade;
• Peçam que eles compartilhem somente informações que sejam absolutamente necessárias em qualquer site ou serviço on-line. Se não tiverem certeza, eles devem consultá-los;
• Aconselhem seus filhos a se conectarem apenas com quem eles já conhecem ou têm certeza de que são confiáveis;
• Reforcem a importância de tratar os outros com respeito e de nunca publicar nem compartilhar nada que eles não gostariam que fosse compartilhado publicamente;
• Ensinem seus filhos a desconfiar de ofertas que parecem boas demais para ser verdade. Digam a eles para confiarem em seus instintos se algo parecer suspeito e contarem a vocês sobre isso;
• Não permitam que eles utilizem serviços de geolocalização, que automaticamente informam outras pessoas sobre onde eles estão, a menos que seja absolutamente necessário;
• Sempre tenham softwares de segurança atualizados e com boa reputação em todos os dispositivos com os quais vocês acessam a internet. Na maioria dos casos, os criminosos virtuais não poderão prejudicá-los, já que bons serviços de segurança impedem que vocês acessem links ou sites maliciosos.
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