Existem muitas mudanças que ocorrem no envelhecimento. A morte de um membro da família, de um amigo, pode influir em seu estado mental, emocional e físico, pois sabemos que a parte mental influi na parte física do indivíduo.
Com a aposentadoria, há uma perda da atividade útil e se afetam o prestígio, o relacionamento social, a autoestima e a renda mensal. Existem também os danos físicos, que podem afetar a visão, a audição e que podem levar à exclusão social. Há idosos que se afastam por esse motivo da convivência social e até da convivência com os seus familiares. Eles se esquecem de que velhice, mesmo com esses problemas, pode ser o começo de uma vida, sem as exigências que tinham quando ainda trabalhavam.
Quando se convive com idosos, é importante saber que às vezes a vida para eles está mudando rapidamente, se tornando de difícil adaptação e podem se tornar irritados, mal-humorados, dificultando a convivência com a família.
Paciência e compreensão são muito mais importantes que toda assistência médica. Quando os familiares não compreendem que o idoso tem as suas necessidades, o problema da convivência familiar pode ser resolvido se cada um respeitar a privacidade do outro. Importante sempre que possível o idoso ter o seu quarto independente, onde possa realizar as suas atividades sem perturbar e sem ser perturbado. O seu quarto também deve ser em lugar térreo, pois as subidas de escada podem facilitar acidentes e deve ter um banheiro sempre próximo. É importante manter uma luz no quarto ou no corredor para que possam se orientar quando têm necessidade de levantar-se durante a noite.
Com o envelhecimento pode acontecer que não possam mais fazer as coisas com a mesma presteza de anteriormente. E preciso aceitar que estão mais lentos com as suas tarefas, demoram para calçar os sapatos e se vestir. O sapato deve ser antiderrapante para evitar as quedas.
Às vezes, os parentes, vendo que o idoso é lento para realizar as tarefas, o impedem de todas as atividades, o que pode prejudicar a sua autoestima e aumentar a tensão entre as duas partes.
(*) - Médica Geriatra e escritora, colaboradora de jornais e revistas.
Deixe o seu comentário