Efisema pulmonar: você realmente sabe o que é isso?

Por Alessandro Lo-Bianco
sexta-feira, 10 de junho de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Efisema pulmonar: você realmente sabe o que é isso?
Efisema pulmonar: você realmente sabe o que é isso?

Se você é fumante e anda sentindo falta de ar, tosse e cansaço, atenção! É melhor se preocupar com a sua saúde. Isso porque você também está tendo alguns dos sintomas de Teodoro, personagem interpretado por Tarcísio Meira na novela global Insensato Coração. Na trama, ele é portador de uma doença que atinge 210 milhões de pessoas no mundo, sete milhões só no Brasil. Que doença é essa? DPOC, ou melhor, doença pulmonar obstrutiva crônica, mais ou menos a mesma coisa que você escuta dizer por aí com o nome de efisema pulmonar.

A DPOC é uma enfermidade que atinge principalmente os pulmões e é caracterizada pela ação conjunta da bronquite crônica e do efisema pulmonar. As principais vítimas são fumantes e ex-fumantes. Estes dois grupos estão em 90% dos casos, sendo a maioria dos adultos com mais de 40 anos.

Em Insensato Coração, Teodoro beira os 60 anos, é boa gente e ativo. Como a maioria dos fumantes, ele tem plena consciência de que o cigarro é extremamente prejudicial à sua saúde, mas não consegue abandonar este mal. Apesar de portar a doença e de receber total apoio dos familiares para abandonar o vício, ele não consegue parar, ou melhor, ele não quer parar.

No geral, fora das telinhas, a maioria dos pacientes de DPOC só deixa o cigarro após detectarem a doença. O medo de morrer e a queda na qualidade de vida são alguns dos principais motivos.

De acordo com dados da pesquisa Revelar, realizada pelos laboratórios Boehringer e Ingelheim e Pfizer, que mapeou o comportamento de 229 pessoas diagnosticadas há sete anos, em média, com a doença, 91% dos pacientes só pararam de fumar após descobrirem a doença e, deste total, 87% nunca se preocupou em procurar um médico para tentar abandonar o vício. Aliás, largar o cigarro é o primeiro passo que deve ser tomado para que o sujeito recupere a vitalidade que o permitirá realizar novamente atividades físicas comuns ao dia a dia, e que ficarão cada vez mais escassas com a progressão da doença. Quando correto, o tratamento pode evitar o avanço da doença, que pode se tornar parcialmente reversível. Mas atenção: quanto antes o diagnóstico for realizado, melhor será a resposta ao tratamento, que deverá sempre ser comandado pelo médico especialista.

Dentre os tratamentos mais comuns e recomendados, estão os broncodilatadores inaláveis de longa ação, que aumentam o diâmetro das vias aéreas e proporcionam melhora dos sintomas e qualidade de vida, aumentando a resistência às atividades diárias e aos exercícios, reduzindo as crises que o paciente com DPOC apresenta constantemente. Se você apresenta um dos sintomas citados acima, procure seu médico. Caso ainda não esteja sentindo, o que é uma questão de tempo, seja esperto, afinal, você já sabe o que fazer, só precisa ter mais vontade, não é mesmo?

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