Medo de envelhecer

Por Thereza Freire Vieira (*)
sexta-feira, 20 de maio de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Há os que têm pavor de envelhecer. Às vezes, o envelhecimento começa cedo, e há muitos jovens que já ouvi dizer preferirem morrer a ficar velhos. Eles se esquecem de que são tantas as causas para não se chegar à verme ... Câncer, por exemplo, pois não são apenas os idosos que ficam cancerosos, há os afetados na infância, na adolescência e na juventude adulta; há outras maneiras que os impede de chegar à velhice, como os acidentes de carro nas ruas, nas estradas e mesmo os dentro de casa.

Quantas notícias de jornal falam de pessoas que tinham pavor de viajar de avião e um dia um avião caiu em cima de suas casas e elas morreram... Nesta vida tudo pode acontecer. E essa gente toda perdeu tempo temendo a velhice.

Por que ter medo de envelhecer? Ficar feio, careca, com osteoporose e, como consequência de quedas, às vezes pequenas, ter fraturas, deficiências irrecuperáveis, abandono, solidão?

A causa desse temor, sendo paralisada, na maioria das vezes pode ser evitada e quanto antes melhor. Procurar um ginecologista ou um urologista e descobrir problemas que podem e devem ser corrigidos. Até os leigos estão cansados de saber que a osteoporose pode ser prevenida e até evitada em toda mulher; na menopausa que faça reposição hormonal, com exercício, caminhadas, dança e alimentação equilibrada em vitaminas oligo-elementos.

Hoje em dia a maioria das doenças pode ser prevenida com vacinas e outros elementos.

Em relação à solidão, não é apenas o idoso que é solitário, mas, se os filhos vão crescendo, vão se casando, vão deixando a casa — o importante é ir se habituando às escapadas dos filhos, com as suas viagens, com suas novas amizades, que o vão aos poucos encaminhando à sua “ninhada”, para a liberdade, o corte do cordão umbilical que os ligava aos pais. E, quanto mais livres eles forem, melhor para a adaptação dos pais, com a separação que viria com o casamento, a mudança de residência para outros lugares na mesma cidade ou para outros estados e mesmo para outros países. O importante é, quando isso acontecer, os pais estarem preparados e adaptados a uma nova vida, a atividades que os completem e que lhes tragam alegria.

(*) Médica Geriatra e escritora, colaboradora de jornais e revistas.

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