Os focas - 7 a 9 de maio

Por Amine Silvares, Bruno Pedretti e Leonardo Lima
sexta-feira, 06 de maio de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Mudamos, reformulamos e refizemos a nossa coluna semanal. Algumas coisas ficaram, outras foram substituídas. Agora, vamos te matar de nostalgia e depressão (você tá ficando velho) com o Lembra disso? — e paramos com a falação e partimos pra ação com uma megassuper-hiperultramasterplus reportagem. Mas calma. Você ainda pode mandar seu e-mail pra gente e ser publicado. Já sabe, o endereço é osfocas@avozdaserra.com.br. Aproveita e conta pra gente o que achou da coluna nova.

Blogs: quem te viu, quem te vê

Amine Silvares

Os blogs surgiram em 1997 — quando a internet nem era assim tão popular no Brasil. Inicialmente eram chamados de web logs (de logging the web, “surfando na web”), termo cunhado por Jorn Barger. Porém, outro blogueiro, chamado Peter Merholz, fazendo uma brincadeira, separou as letras de web log de forma diferente, criando assim a expressão: “we blog” (algo como “nós blogamos”). Surgia o verbo blogar.

Os primeiros blogs faziam partes de sites, mas logo começaram a ser desenvolvidas plataformas voltadas especialmente para o formato. O jornalista Renan Barreto, professor da Universidade Candido Mendes, explica que “os blogs fizeram muito sucesso porque abriram um canal de comunicação até então sem precedentes. Pessoas comuns passaram a opinar sobre assuntos e ter sua audiência própria”.

O visual do blog de Jorn Barger era básico. Aliás, ainda é. Ele manteve o mesmo template (apresentação visual) após todos esses anos. Com a criação de hospedeiros como o Blogspot e o Blogger, e ferramentas específicas para a criação, as opções de layout evoluíram, os assuntos se diversificaram — hoje são mais de um bilhão de blogs no mundo. Eles se dividem em pessoais, corporativos ou de assuntos específicos, como política, moda ou religião. Renan Barreto comenta ainda que “hoje, os blogs são muito utilizados inclusive por empresas que perceberam uma forma ágil de passar conteúdo completo sobre suas marcas”.

Não demorou muito para que surgissem também os flogs, dando destaque às fotos — dentre as plataformas mais utilizadas, o Fotolog foi a que mais se popularizou no mundo — e também os vlogs, que passam mensagens através de vídeos. Os vlogs se potencializaram com o surgimento do YouTube.

Já em 2006 foi criado o Twitter, um microblog que permite postagens de até 140 caracteres. Como uma das redes sociais que mais cresce no mundo, o site também é uma ótima forma de divulgar links. Em 2007, surge o Tumblr (pronuncia-se “tâmbler”), que facilitou a postagem de vídeos, imagens, textos e links. Para o professor Barreto, “o Tumblr tem uma dinâmica muito parecida com o Facebook; há um ‘mural’ que é modificado com as suas atualizações e das dos seus amigos”. A receita não é nova, mas tem ganhado adeptos rapidamente.

Com tantas redes para administrar, é fácil se perder. Porém, muitos sites, especialmente as redes sociais e as plataformas de blog, permitem manter as contas interconectadas. Dessa forma, as postagens que são feitas no Tumblr, por exemplo, podem ir automaticamente para o Twitter e Facebook. “Na internet é difícil superar algo pré-existente. Normalmente as novas redes tendem a se conectar e conviver”, destacou Renan.

FRASE DA SEMANA

“Com talento ganhamos partidas; com trabalho em equipe e inteligência ganhamos campeonato”

Michael Jordan

LEMBRA DISSO?

Bruno Pedretti

Ah...quanta saudade do meu desenho favorito. Na realidade não era muito ligado aos desenhos que passavam na televisão em minha infância. Sempre preferi ficar na rua, jogando futebol, peão, bolinha de gude, soltando pipa, andando de bicicleta, enfim, coisas que hoje em dia não são tão comuns às crianças. Mas um — apenas um — desenho despertava minha atenção. O fantástico mundo de Bob era uma viajem a um planeta desconhecido.

O fantástico mundo de Bob é uma série de desenhos animados que conta as aventuras cotidianas do pequeno Bob e sua família. As camisas coloridas de tio Ted são uma característica do desenho e o cachorro Roger dá ainda mais charme. Além dos personagens animados, o ator e comediante Howie Mandel participa no início e final de cada episódio, comentando-o e trazendo um tipo de ensinamento aos telespectadores.

Bob, com seu inseparável triciclo, aprende a desvendar o mundo, aproveitando-se de sua extraordinária e maravilhosa imaginação. A família do garoto é um espetáculo à parte e também participa das confusões geradas por Bob. A mãe dele, Martha, é uma fã alucinada de Elvis Presley. Sua irmã chama-se Kelly, uma “aborrecente” e o irmão mais velho, Derek, inferniza a vida de Bob. O pai, Howard, aparece no episódio em dose dupla, já que também interage com o garoto no final de cada desenho, na pele do comediante Howie Mandel.

São vários episódios maravilhosos, que todas as crianças adoravam assistir. Tempos que ficaram para trás e que provavelmente não voltarão. Atualmente o grande ícone das crianças é Ben 10, uma animação estadunidense baseada em animes japoneses.

LI, VI E OUVI

Leonardo Lima

Li: Em Jornal Nacional – Modo de Fazer, o apresentador e editor-chefe do telejornal de maior audiência do país tenta (e, em minha opinião, consegue) mostrar de maneira clara — mesmo para quem não é profissional da área — como ele é construído. No livro, Bonner explica quais são os critérios para selecionar os assuntos publicados no Jornal Nacional e o cronograma da produção de edições em dias normais e atípicos.

Vi: O documentário Senna, dirigido pelo britânico Asif Kapadia, acompanha a carreira do piloto brasileiro desde sua estreia na Fórmula 1, em 1984, até o acidente fatal, ocorrido em 1° de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de Ímola, na Itália. Produzido com o apoio da família de Senna, o documentário mostra os três campeonatos mundiais conquistados pelo piloto, a rivalidade com Alain Prost, a saída da McLaren e outros momentos importantes da carreira do atleta.

Ouvi: Intitulado Subjetos Sonoros, o primeiro trabalho musical do artista e produtor Bruno Oliveira pode ser definido como a síntese de suas impressões sobre o ambiente de criação na serra. A produção mescla técnicas de sound design com abstrações artísticas, batidas eletrônicas, camas de synths virtuais, bases e solos de violão. Todas as canções podem ser ouvidas em seu site: www.artefa.com.br.

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