Fluminense
Homenagem ao campeão Brasileiro
de 2010
De todos os tricolores, o Fluminense é o mais imponente. Porque nenhum outro tem as três cores que traduzem tradição: a paz, a esperança e o vigor unido e forte pelo esporte. Tricolor em que as cores mais combinam, se entrelaçam, movem e unidas são, em um, mais amadas. E o Fluminense é essa força que surge para colorir o cinza, é essa gala que inebria quando a descortesia parece reinar, é essa nobreza que contagia. É a vitória sobre a arrogância, é a fé vencendo o medo, é a insistência desbravada de quem não sabe desistir. É o início de tudo e o reinício de quem sabe, de tempos em tempos, recomeçar.
Gigante e imortal, o Fluminense dispensa comparações. Compará-lo seria uma leviandade. Por mais que possam existir tricolores parecidos, o Fluminense é singular e dono de uma história excepcional. Extraordinário, titular de marcas inalcançáveis, traduzidas em poesias inflamadas a pó de arroz, lágrimas e suor. Sim! O Fluminense é essa mistura de emoções que suplantam a alma, extrapolam as razões e corroem o coração. Mas é alegria ainda que tristeza, amor ainda que ódio e nunca indiferença. Não! Não dá para passar indiferente ao Fluminense e não dá para ser indiferente perante as suas máquinas que marcaram a história e escreveram extensas páginas de glória nas memórias do futebol.
E em tantos momentos, o Fluminense consegue ser sempre um momento único na vida daqueles que o escolhem para ser parte da família e maior herança dessa paixão que passa de pai para filho. E não dá para falar do Fluminense de maneira a isolar sua história em passagens, décadas ou títulos e derrotas. O Fluminense é a soma disso tudo, sem renegar a um fato sequer, sem justificar isso ou aquilo, é uma grande instituição não por suas conquistas, mas pela sua grandeza em enfrentar os desafios que lhe perseguem, sem desviar de um sequer.
E não importa se o coração é ferido hora e outra, quando a alma é resistente. O coração tricolor é um bravo, um resistente acima de tudo em todos os tempos. Um tricolor não sucumbe nunca. É valente, ainda que sua valentia seja desencorajada. É soberano, ainda que a tirania ouse lhe enfrentar. É forte, ainda que lhe recusem o futuro, pois o amanhã o aguarda para que seja sempre a máquina que não para e o grande que não desiste.
E na força da crença daqueles que acreditam nas três cores que ontem, hoje e sempre traduzem tradição, o Fluminense se eterniza dia a dia relembrando times tricolores inesquecíveis, toques de gala, partidas heróicas em que as chuteiras salpicadas de pó de arroz ganharam asas e fizeram espetáculo. Espetáculo é que o Fluminense faz não só no gramado, como nos braços que cortam as águas nas piscinas, nas pernas que correm rápido para cruzar as linhas de chegada e na sobre-humanidade do esforço hercúleo de tantos tricolores em muitos outros esportes, fazendo do Fluminense o único detentor da Taça Olímpica.
Tricolores, cantem e honrem o nome que os escolhe. Se orgulhem do Fluminense ter o escolhido! E não se esqueçam que ser Fluminense é lembrar o verde da esperança de que quem espera sempre alcança. Ser Fluminense é ser a paz, a esperança e o vigor. Unido e forte pelo esporte! Ser tricolor! Permitida e euforicamente tricolor. Em todas as circunstâncias, sempre tricolor! A máquina que anima, a paixão que incendeia, a singularidade que o define, a honra na veia, a nobreza no espírito e a glória como certeza. Por isso e pelo que vem à frente, ainda que não se possa prever o futuro, o Fluminense é maior do que o seu tempo e imortal é o seu nome.
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