Bula sem Lupa - 11 a 13 de setembro.

Por Dalva Ventura
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Biscoito com cálcio pode prevenir osteoporose em mulheres

A puberdade se caracteriza, entre outras coisas, pela diferenciação do perfil esquelético entre os sexos, quando se verifica um processo acelerado de mineralização óssea. Segundo a pesquisadora Regiane Aparecida Cardoso de Paula, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o consumo de biscoitos fortificados com cálcio tem um forte impacto sobre o estado nutricional e a densidade mineral óssea em adolescentes.

O consumo do alimento em questão poderia, assim, representar uma alternativa à reposição de cálcio necessária para prevenir a osteoporose.

O estudo avaliou 115 adolescentes de 9 a 14 anos durante 180 dias. Todos passaram por teste de antropometria, DEXA (absorciometria de duplo feixe de raio-X) e CTX. Além disso, além da dieta normal, passaram a ingerir seis biscoitos enriquecidos durante cinco dias da semana. A densidade de cálcio recebida foi de 354,4 mg/1000Kcal, a metade da ideal.

Os jovens foram separados em dois grupos: o primeiro, denominado Intervenção, recebeu biscoitos enriquecidos; o segundo grupo, Controle, consumiu biscoitos comuns, isto é, sem cálcio extra. Após seis meses não foram verificadas modificações de natureza mineral ou nutricional. Mas levando em conta que o aporte de cálcio no sexo feminino é menor, a conclusão do estudo é que uma dieta enriquecida com cálcio pode, de fato, prevenir a ocorrência de osteoporose entre as mulheres. (Fonte: Agência Notisa)

Um em cada dez homens tem depressão pós-parto

Você já ouviu falar em depressão pós-parto masculina? Pois ela não só existe como é relativamente comum, apesar de ser pouco conhecida até entre os profissionais da área.

Segundo uma pesquisa com 28 mil participantes que acabou de ser publicada no jornal da Associação Médica Americana, do início da gestação da mulher até o bebê completar um ano de vida, um a cada dez homens sofre de depressão. Já entre as mulheres, a taxa de depressão pós-parto é de 15% a 20%.

Os três primeiros meses após o nascimento são os menos problemáticos. Nesta fase, apenas 7,7% dos pais ficam deprimidos. O período mais crítico se situa entre o terceiro e o sexto mês de vida do bebê. Nesta fase, nada menos que 25% dos homens sofrem de depressão.

Os especialistas acreditam que nos primeiros meses de vida do bebê tudo é muito corrido. O homem só começa a se dar mesmo conta do que está acontecendo depois do terceiro, quarto mês. A partir daí, vários fatores podem atuar como gatilho da depressão masculina. A insegurança em relação aos cuidados com o bebê, a falta de tempo para ter uma participação mais ativa na criação do filho são alguns deles.

As mudanças da mulher em relação à sexualidade e à forma como ela se relaciona com seu próprio corpo depois da gravidez também contribuem muito. Como se não bastasse, a situação econômica frente às novas necessidades familiares também os preocupa.

Certos homens simplesmente não conseguem entender nem aceitar estas mudanças. Além disso, sentimentos de rejeição e exclusão são comuns entre os pais novatos.

Por incrível que pareça, os homens mais imaturos acabam competindo com o bebê pela atenção da mulher. Outros chegam ao ponto de ignorar o filho ou de tentar afastar a mãe dos cuidados com a criança. Um número considerável busca relações extraconjugais.

A pesquisa reforça ainda a existência de correlação entre depressão masculina e feminina. A mulher precisa da proteção do pai do bebê. Se o pai passa a maior parte do tempo fora ou distante, a mãe, naturalmente, passa a se sentir abandonada, o que também desencadeia a depressão feminina.

Resultado: toda a família fica afetada. A depressão do pai automaticamente prejudica a mãe, que fica insegura e irritada. Acabam transmitindo estes sentimentos para a criança, que pode vir a apresentar problemas de aleitamento e a dar mais trabalho.

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