Antes mesmo do sol mostrar sua luminosa cara, os feirantes já estão de pé e se preparando para mais um dia de trabalho, na esperança de faturar com a venda de frutas, legumes, verduras e coisas que nem sempre estão nas prateleiras dos supermercados.
Aos domingos e quintas-feiras, na Rua Presidente Vargas, principal artéria comercial do bairro Olaria, e na Rua Manoel Lourenço Sobrinho, a feira se realiza das quatro da manhã até o meio-dia. Segundo Severino do Ramos, 53 anos, responsável pela fiscalização e organização da feira há 15, a feira já existe no bairro há mais de três décadas. Atualmente mais de 300 feirantes expõem seus produtos e mais de 90% são cultivados e produzidos pelos próprios comerciantes. Eles nada pagam para utilizar as ruas e vender os produtos, mas os interessados passam por uma rigorosa avaliação da fiscalização de Posturas da Prefeitura para obter a autorização.
Os feirantes vêm de diversas partes da cidade, geralmente de áreas rurais, como São Lourenço, Lumiar, Conquista, São Pedro da Serra e Vargem Alta. A reivindicação deles fica por conta de mais segurança e banheiros públicos, já que todos, até mesmo os clientes, contam apenas com a boa vontade de alguns donos de estabelecimentos comerciais.
Por lá é possível encontrar os mais diversos produtos, com preços sempre muito atraentes, e tudo muito fresquinho, como garantem os barraqueiros. Sem falar na real possibilidade de pechinchar, o que é praticamente uma praxe neste tipo de negócio.
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