DJs do sexo feminino são cada vez mais comuns na noite friburguense
Há três anos tocando nas mais variadas casas noturnas de Nova Friburgo e região, Rozângela Ferreira, ou simplesmente DJ Pocahontas, vem evoluindo e se destacando num meio que era exclusivamente masculino até há alguns anos. “Infelizmente ainda existe preconceito em relação a mulheres DJs. Muita gente acha que estamos ali apenas por nossa beleza, mas quando nos apresentamos gostam do nosso trabalho e dão ótimas referências”, afirma. Recentemente ela fez uma parceria com outra DJ, a Isadora, e juntas criaram o projeto Divas. “Estamos tocando juntas, na mesma pickup. Já temos apresentações marcadas na boate Caleza, no Rio, e na Evidence, em Búzios”, revela.
Segundo Rozângela, a ideia de investir nessa carreira surgiu frequentando a noite friburguense. “Ia às boates da cidade e ficava simplesmente fascinada com o trabalho dos DJs. Preferia a apresentação deles do que das bandas. Deixava de curtir as festas para vê-los tocar”, diz. A partir daí ela decidiu fazer um curso de DJ e, antes mesmo de concluí-lo, já surgiram convites para apresentações. “Uma vez o proprietário de uma casa noturna me viu numa aula e fez um flyer de uma festa divulgando minha participação. E o pior é que eu nem estava sabendo de nada. Mas, com ajuda dos DJs da cidade, felizmente deu tudo certo”, conta.
Atualmente, Pocahontas faz aos domingos uma espécie de aprimoramento, com o DJ Cosme. “Minha intenção é aprender e melhorar cada vez mais”, diz.
Vendedora, ela explica que infelizmente ainda não há como se dedicar só à carreira de DJ. “Não tenho empresário, estou correndo atrás praticamente sozinha. Hoje ainda sinto um pouco de medo, um certo receio de seguir só por esse caminho”, revela.
Como dica para quem também deseja se tornar DJ, ela adianta que talento é fundamental. “Não basta apenas vontade, tem que ter o dom”, garante.
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