Filhos de integrantes dos grupos Roupa Nova, Golden Boys e Trio Esperança seguem com muito orgulho o caminho conquistado pelos pais
A velha máxima de que “filho de peixe peixinho é” utilizada em referência a filhos de artistas perdeu força nos anos 90, quando muitas promessas não saíram do papel. Mas um grupo de jovens está ganhando notoriedade e provando que o talento pode ser passado, sim, de pai para filho. E daí o nome da banda já diz tudo: DNA.
Carol Feghali (vocal), Beto Filho (baixo e vocal), Kikinho Neto (bateria) e Bruno Galvão (violão e vocal). A banda formada por filhos de integrantes dos grupos Roupa Nova, Golden Boys e Trio Esperança, que dominaram as rádios dos anos 70, lança seu primeiro álbum, Pode acreditar. São 14 canções que exaltam o amor e os caminhos que uma relação a dois pode ter. Casaco Marrom fez parte da trilha-sonora de Amor e Intrigas, da Record e ‘bombou’ nas rádios. “Bruno, quando era pequeno, pediu uma vez um violão e eu dei um de brinquedo. Só aceitou um de verdade e aprendeu sozinho”, conta Mário Correa que, ao lado das irmãs Regina e Evinha integravam o grupo Trio Esperança, batizado carinhosamente pelo ator Paulo Gracindo. Bruno confirmou as lembranças do pai: “Aos 4 anos já brincava de fazer show, mas as primeiras experiências profissionais foram aos 7, quando participei de gravações de coro infantil para Xuxa, Trem da Alegria, Balão Mágico e Angélica.”
Kiko, pai de Kikinho e integrante do Roupa Nova, também transpareceu sua alegria: “Fico feliz porque depois de tantos anos tocando e conhecendo tanta gente ele conseguiu arrumar uma galera muito talentosa para trabalhar e com o ‘DNA’ no sangue (risos)”. Kikinho, orgulhoso lembrou: “Quando ia aos shows do Roupa Nova, pedia pra subir no palco e tocar minha guitarrinha de plástico ao lado do meu pai. Ele é meu ídolo.”
Carol Feghali, filha de Ricardo Feghali, também do Roupa Nova, acompanhou de perto a trajetória musical do pai e sabe bem a importância dessa troca. “É muito legal fazer um show e ver nossos pais na platéia, fazer um programa de TV e saber que eles assistiram. O apoio deles é a base.” O paizão, também não deixou por menos: “Ficamos só babando e dando aquela ‘mamãezada’ (risos)”.
Roberto Correa, antigo Golden Boy e pai de Beto Filho, afirmou: “Eles estão com um trabalho de grande valor para música brasileira. Vão dar o que falar”. Beto, que desde pequeno experimentava o mundo musical ao lado do pai, revelou: “Queremos levar para todos um pouco da nossa música, de nossas ideias.” Perguntados sobre o futuro, a resposta foi unânime: “Costumamos dizer que, se tivermos um terço da história que nossos pais construíram em 50 anos de carreira, seremos muito felizes.”
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