Universidade desenvolve capacitação de educadores para reconhecimento da diversidade sexual

sexta-feira, 25 de junho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

A Universidade Federal do Rio Grande, através do seu grupo de pesquisa Sexualidade e Escola e em parceria com o Ministério da Educação, lançou recentemente a segunda edição, revista e ampliada, dos livros Corpos, gêneros e sexualidades e Sexualidade e escola: compartilhando saberes e experiências. As obras são resultado de estudos e trabalhos desenvolvidos pelos educadores durantes dez anos e têm a finalidade de capacitar profissionais de educação para promoção da cultura de reconhecimento da diversidade sexual e da igualdade de gênero, orientando-os a buscar novas práticas pedagógicas a serem adotadas em salas de aula com o intuito de superar o preconceito da homofobia, valorizando as diversidades sexuais existentes, de gênero e orientações afetivo-sexuais presentes na sociedade e também no meio escolar.

A intenção do grupo de pesquisa é valorizar o entendimento e discutir ainda a sexualidade ligada à aquisição de conhecimentos científicos dos sistemas reprodutores e à genitalidade. Os professores autores da obra, Paula Regina Costa Ribeiro, Fabiane Ferreira da Silva, Joanalira Corpes Magalhães e Raquel Pereira Quadrado, abordam ainda de forma didática a educação sexual, o conceito de corpo que a sociedade produz, as identidades de gênero, a relação corpos – sentimentos e emoções, os gostos por brincadeiras, os conceitos sobre o que os homens e as mulheres podem fazer, artefatos culturais e a pedagogia para conseguir saber sobre o comportamento de meninos e meninas apenas através do primeiro olhar.

As obras da Universidade do Rio Grande visam ainda a promover melhor entendimento sobre os mais variados modos de ser e estar na sociedade. E nesse sentido, a escola deve ter um papel importante na discussão dessas temáticas, contribuindo para uma política de inclusão social e superação das desigualdades sexuais e de gênero. Também há abordagens sobre o conceito da adolescência como construção sociocultural e histórica, como discutir sexualidade nas escolas, gravidez indesejada e erotização precoce ante ao apelo sexual da mídia.

Nos três livros também são contextualizadas uma pesquisa feita com jovens que opinaram sobre comportamento sexual estabelecendo ainda, entre eles, as diferenças existentes entre os conceitos de ‘namorar e ficar’, além de abordagens também sobre configurações familiares, prazeres, desejos e doenças sexualmente transmissíveis.

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