André Bringuenti une arte e
beleza na produção de
bolsas reutilizáveis
Cada vez mais pessoas vêm percebendo a importância de dizer adeus às sacolas plásticas e optar por bolsas recicladas nas compras do dia a dia. O apelo dos órgãos e organizações ligados ao meio ambiente para que peças reutilizáveis sejam definitivamente adotadas no cotidiano é enorme, e não sem motivo, afinal, as sacolas plásticas levam mais de cem anos para se decompor, o que, convenhamos, está longe de ser uma atitude ecologicamente correta.
Foi pensando nisso que o artista plástico André Bringuenti decidiu realizar um estudo e descobriu que as ecobags poderiam perfeitamente substituir as cada vez mais odiadas sacolas plásticas cotidianas. André pesquisou o material adequado para produzir as bolsas e o toque final ficou por conta do seu já reconhecido talento para a pintura. “A ideia era fazer uma bolsa bem transada, que realmente incentivasse as pessoas a usá-la”, diz André, que conseguiu realizar seu projeto com sensibilidade e bom gosto.
Além de produzir bolsas reutilizáveis, André Bringuenti tem uma outra grande paixão declarada: pintar quadros. Em seu estúdio ele promove verdadeiras transformações em peças utilitárias e móveis, que ganham colorido e bom humor graças à chamada pop art, técnica utilizada pelo artista para dar vida e personalizar seu trabalho.
André conta que sempre gostou de artes e decorações, por isso mesmo começou cedo. “Aos 15 anos fiz meu primeiro curso de decoração de interiores, mas só vim a viver de arte em 2001, quando me mudei para Nova Friburgo”, diz. De lá para cá, André Bringuenti já realizou diversos projetos de decoração. “Criamos estampas para confecções, cuidamos da identidade visual de empresas, mas hoje estamos mais focados na moda. Participo de workshops no Rio de Janeiro e de eventos de moda no Rio e em São Paulo”, afirma.
Há nove anos na cidade, André justifica a escolha por Nova Friburgo para montar seu estúdio. “A grande culpada da minha vinda foi a Beth, uma empresária da cidade que era minha cliente. Eu vinha a Friburgo para atendê-la. Quando chegava aqui, me sentia muito bem, não sei se era o clima ou o visual, ou a combinação dos dois. Depois trouxe minha família para passarmos um carnaval e aí foi paixão total, no meio daquele ano mesmo nos mudamos”, conta André, dizendo que seu irmão, um notável chefe de cozinha internacional, que já passou pelos mais diversos países, também está vindo morar em Nova Friburgo este ano.
André faz questão de manter seu estúdio num ambiente muito familiar. Ele sempre se encarregou da parte da criação, enquanto sua esposa desenvolvia os produtos e os filhos, mãe e sogra se encarregavam da pintura das peças. Hoje, devido à maior demanda, se viu obrigado a contratar mais profissionais e a terceirizar alguns processos. “Nesse trabalho todos são muito importantes, pois uma parte que não fique bem feita pode acabar com todo o produto”, diz André.
A ideia de produzir bolsas reutilizáveis foi da esposa Jaqueline, que realizou várias pesquisas de materiais, tintas, acabamentos e desenhos. As bolsas são feitas em tecido 100% algodão, e as tintas são à base d’água, sem uso de solventes. O processo é bem demorado, pois todas as bolsas são pintadas à mão, forradas e têm alças caprichosamente cortadas e costuradas. “Não trabalhamos com alças prontas. Queremos realmente desenvolver algo com qualidade, por isso nem sempre dá para precisar o tempo que levamos para fazer uma bolsa, pois dependemos do clima, inclusive, para que a secagem das bolsas seja mais rápida”, explica André.
As bolsas deste superartista podem ser encontradas na Padaria Superpão, em casas de produtos naturais, como Plantar & Colher e Casa Natural, em diversos hotéis e pousadas da região e em restaurantes da cidade. André Bringuenti também fornece as bolsas reutilizáveis para mercados no Rio de Janeiro, São Paulo e sul do país. Quem desejar conhecer mais o trabalho do artista pode entrar em contato pelos telefones (22) 2523-3216 e 8807-0256, ou ainda no site www.estudiobolsas.blogspot.com. Este é um trabalho que vale a pena conferir com os próprios olhos.
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