Animal de estimação

Por Thereza Freire Vieira (*)
sexta-feira, 04 de junho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Há idosos que se sentem bem tendo um animal de estimação em sua casa. Principalmente os que moram em maiores espaços, numa chácara ou num sítio, gostam de ter passarinhos, pombal e cães. Os que sempre viveram em fazendas, sítios ou chácaras não têm, o problema de aposentadoria, pois quando, não se sentem mais habilitados a puxar um arado, passam o tempo alimentando a criação, acompanhando a ninhada, construindo viveiros para separar as aves, dando ração aos porcos, aos cães, passam o dia tendo o que fazer e sem perceber que o tempo está passando.

Comem os frutos apanhados da própria árvore e com alegria convidam os netos quando as jabuticabeiras estão forradas daquelas bolinhas pretas que fazem o encanto da criançada. É uma grande alegria, para os idosos, a diversão da meninada trepando nas árvores, comendo os frutos até se empanturrarem.

Os que moram na cidade gostam de ter um animal de estimação, na maioria das vezes um cão, que fica sempre ao seu lado, acompanhando os seus donos para onde forem. Quando saem à rua, o cão na coleira, vão fazendo as suas, caminhadas, parando aqui e ali para conversar com os amigos, sempre um bate-papo agradável, e o cão compreende tão bem que até se deita aos seus pés e espera pacientemente que termine a conversa.

O importante é que esse animal de estimação não os impeça de fazer os passeios e as visitas que costumava fazer, as viagens às quais estava habituado e de ir aos clubes que costumava frequentar. É bom, saber que os animais ajudam a suportar o peso da solidão, mas não substituem a necessidade do contato humano.

Evitem possuir um animal doméstico se, apesar de amá-los, não tiverem condições de leva-los a passear e fazer exercícios, alimentá-los ou se vão deixá-los em casa quando precisarem sair. É preciso lembrar-se também de outros cuidados que o animal possa precisar, com a saúde, com a prevenção, levando-o periodicamente ao veterinário para a vacinação. Não utilize o animal como um mascote que seja um substituto da vida, para que ele não seja o seu dono e sim você o dele.

Há locais onde ensinam o cão a ser um verdadeiro guarda de seu dono, principalmente quando deficiente físico ou visual.

(*) – Médica Geriatra e escritora, colaboradora de jornais e revistas.

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