A hora e a vez
Ana Berttines fala do crescimento de Cleusa em Cama de Gato
Não deixa de ser curioso: em uma novela cuja história gira em torno de segundas chances, Ana Berttines teve a oportunidade de um novo começo na carreira de atriz. Com 20 anos de experiência, ela se sentia desanimada com a instabilidade da profissão que escolheu ainda adolescente e buscava a tranquilidade de ter “plano de saúde e vale-transporte”, como diz, brincando. “Já estava desistindo. Estava um pouco cansada porque sobreviver só do teatro, hoje, é complicado”, argumenta. Empregada em uma empresa que desenvolvia de sites, estava em seu segundo dia de trabalho quando uma amiga ligou, avisando que a produtora de elenco Frida Richter estava atrás de Ana para uma participação em Caminho das Índias. A mesma amiga pediu para que outro produtor de elenco visse o material. Foi o suficiente para que a atriz fosse reservada para Cama de Gato. “Tudo aconteceu em um momento muito bacana. Quando tem de ser, não adianta tentar se desviar porque acontece”, defende.
Inicialmente, Cleusa tinha como função dar suporte cômico a Adalgisa, personagem trambiqueira de Yoná Magalhães. Quando a patroa foi para uma casa de repouso, a empregada passou a servir aos planos diabólicos de Verônica, vilã interpretada por Paola Oliveira. “A Cleusa não tinha uma história. Não sei porque o crescimento aconteceu, mas estou muito feliz. Tem coisa melhor do que se associar ao vilão da novela?”, diverte-se, bem-humorada. Agora que a novela entra em sua reta final, Cleusa vai engrossar o time dos descontentes com Verônica, revelando à polícia as maldades da dondoca. “Ela é uma pessoa que achava que ia se dar bem, não tinha nem inteligência para entender o mal que estava fazendo”, defende Ana.
Nome: Ana Silva Muniz. “O Bertines é homenagem a um amigo”.
Nascimento: 19 de março de 1972, no Rio de Janeiro.
Na tevê: Seriados.
Ao que não assiste na tevê – Programas de auditório.
Nas horas livres: Ler.
No cinema: “Sou ‘boboca’, gosto de filmes românticos”.
Música: “Gosto de músicas que eu possa ouvir no carro”.
Livro: Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert.
Prato predileto: Peixe e salada.
Pior presente: “Eu tinha 16 anos e recebi um perfume horroroso. Nem lembro que fim dei nele”.
O melhor do guarda-roupa: Calça jeans e camiseta.
Perfume: Acqua de Gió, de Giorgio Armani.
Homem bonito: Carlos Casagrande.
Mulher bonita: Ana Paula Arósio.
Cantor: Seu Jorge.
Cantora: Ana Carolina.
Ator: Tony Ramos.
Atriz: Glória Pires.
Animal de Estimação: o micropoodle Frodo, o labrador Aaron, a vira-lata Roseira e o gato Gérard.
Escritor: “Não tenho um preferido”.
Arma de sedução: “Sou fraca para isso. Mas sou boa com palavras”.
Programa de índio: Praia aos domingos.
Melhor viagem: Para Santa Catarina, em 2005.
Sinônimo de elegância: Luiza Brunet.
Melhor notícia: “Quando me ligaram para assinar o contrato para Cama de Gato”.
Inveja:“Detesto mulher magra que come muito” (risos).
Ira: Trânsito engarrafado.
Gula: Chocolate.
Cobiça: “Gostaria muito de fazer um longa com um personagem denso”.
Luxúria: “Estou casada há oito anos. A gente já tem um olhar que desperta outras coisas”.
Preguiça: Serviços domésticos.
Vaidade: “Odeio os fios brancos que insistem em nascer”.
Mania: Ler jornal aos domingos.
Filosofia de vida: “Todos os dias, eu tento melhorar”.
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