Bula sem lupa - 15 de maio.

Por Dalva Ventura
sexta-feira, 14 de maio de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Pílula anticoncepcional completa 50 anos

Há cinco décadas um acontecimento mudou o mundo e revolucionou a vida de mulheres e homens do mundo inteiro. Apesar de continuar sendo proibida pela Igreja Católica e de milhares de mulheres ainda seguirem este preceito religioso, a quase totalidade da população feminina não respeita mais essa proibição. De uma forma ou de outra, os próprios padres estão preferindo fazer vista grossa e, com raras exceções, já não pregam contra sua utilização.

Segundo dados dos Centros de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, 44 milhões de mulheres americanas tomaram a pílula em algum momento de suas vidas. E mais: Frances Kissling, autora de um relatório sobre os comportamentos sexuais dos católicos, menos de 5% dos católicos nos Estados Unidos utilizam apenas os anticoncepcionais autorizados pela igreja, como o de seguir o ciclo natural ou a abstinência sexual.

Inúmeras mulheres católicas que acatavam os rígidos preceitos da igreja voltaram atrás e passaram a tomar a pílula, algumas até por recomendação médica. No começo, algumas até tentaram resistir, mas depois de algum tempo disseram “já chega”!

Por incrível que pareça, até os protestantes, judeus e muçulmanos são menos conservadores que católicos a este respeito.

Confirmada associação entre periodontite e aterosclerose

Diversos trabalhos relatam uma relação estreita entre a periodontite e o desenvolvimento da aterosclerose que é, sabidamente, um dos fatores de risco mais importantes para a doença cardiovascular. A conclusão é importante para as pessoas darem mais atenção à saúde bucal.

A periodontite é uma doença inflamatória crônica que se não for devidamente tratada, leva à mobilidade e perda de dentes. Seus principais sintomas são mau hálito, inflamação e sangramento na gengiva. Trata-se de um problema muito comum, que afeta aproximadamente 50% da população adulta. Detalhe: embora as bactérias da periodontite sejam sensíveis a antibióticos, exigem também o tratamento mecânico.

A dentista Adriana Paiva Camargo Saraiva, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da USP, confirmou que quanto mais severa e extensa a periodontite, mais claras as alterações relacionadas com a aterosclerose.

Estes novos dados reforçam ainda mais a necessidade de cuidar da saúde bucal antes da periodontite se estabelecer. Principalmente porque cuidados simples e rotineiros, como a escovação dentária e visitas regulares ao dentista podem ter grande impacto na saúde das pessoas.

Amamentar influencia contribui para alinhar cérebro da mãe com o do bebê

Uma pesquisa recente destaca o mecanismo pelo qual a amamentação influencia na formação de laços afetivos entre a mãe e o bebê. A pesquisadora Pilyoung Kim, do Centro de Estudos da Criança, da Universidade Yale, usou ressonância magnética para escanear os cérebros de 20 mulheres expostas à imagem de seus bebês ou a seu choro.

O resultado do estudo, feito três semanas depois do parto, sugere uma maior excitação das áreas envolvidas com emoção e motivação, se comparadas com as das mães que ofereciam mamadeira a seus filhos. Um indício de que o cérebro da mãe que amamenta seria especialmente receptivo aos sinais da criança. Os cientistas acreditam que essa diferença seja marcada pela ocitocina, hormônio cuja produção é estimulada por esta substância.

Três ou quatro meses depois do nascimento, porém, a diferença entre as que amamentam no peito e as que alimentam seus bebês com mamadeira foi menor. O que indica que com o tempo, a reação da mãe a seu filho pode depender mais da personalidade, experiência de vida e intensidade emocional da mulher que dos níveis de hormônio.

De uma forma ou de outra, a amamentação pode ser um modo de estimular a produção de ocitocina, favorecendo a relação inicial com seus bebês e, consequentemente, o desenvolvimento dessas crianças.

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