Por Bruno Pedretti
Trafegando pelas ruas e avenidas, estacionados em vias públicas ou garagens privadas, lá estão eles, disponibilizando uma forma mais rápida de ir e vir. Alguns os contemplam como principal objeto de desejo a ser alcançado; outros simplesmente por tornarem a vida mais dinâmica.
Os automóveis deixam por vezes as ruas intransitáveis, poluem o meio ambiente e, ainda assim, seguem atrativos aos olhos.
E foi observando os diferentes designs adotados pelas montadoras que o fotógrafo Alex Sandro Santos se inspirou para produzir alguns cliques pelas ruas de Nova Friburgo.
Neste ensaio, o olhar se volta ao grafismo-abstrato. “Os automotores mais antigos me despertaram maior atenção, por conta de suas formas geométricas e cores”, diz o fotógrafo, que falou de suas peripécias ao realizar o trabalho. “As pessoas paravam em seu trajeto habitual e me observavam, curiosas, procurando por ângulos distintos. Para produzir alguns registros foi necessária a autorização dos proprietários dos veículos. Até que todos aceitaram, mas sempre com uma certa estranheza. Houve um caso engraçado, da calota espelhada do Fusca. Para produzir tal foto tive que me deitar no chão de paralelepípedos, o que deve ter parecido uma loucura para as pessoas que passavam no local”, conta Alex Sandro.
Malabarismos à parte, o fotógrafo gostou do resultado do trabalho e diz que valeu a pena tanto esforço para captar as melhores imagens, algumas reunidas aqui neste ensaio. Por fim, concluiu, de forma bem-humorada: “Andar de carro pode até ser bom, mas fotografar é muito melhor! Tudo é uma questão de observação pessoal, nada mais”.
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