Televisão - 17 de abril.

sexta-feira, 16 de abril de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Dentro da lei

Aline Borges fala sobre as dificuldades em interpretar Ellen de Ribeirão do Tempo

por Natalia Palmeira/PopTevê

Viver personagens bem diferentes é um desejo comum entre os atores. A respeito disso Aline Borges não tem do que reclamar. Em seu segunda trama da Record – em 2009, ela integrou o elenco da série A Lei e o Crime –, a atriz experimenta um papel diametralmente oposto ao anterior. Depois de interpretar Lacraia, uma violenta traficante, em Ribeirão do Tempo, Aline dará vida a Ellen, uma mulher politicamente correta. “Ela é totalmente diferente da Lacraia. É uma mulher engajada que acredita e luta por seus ideais”, compara. Na trama de Marcílio Moraes, Ellen é uma ambientalista que vive na pequena cidade fictícia que dá nome à novela.

Em Ribeirão do Tempo, que ainda não tem data de estreia definida, Aline vai fazer par romântico com Rodrigo Phavanello, que dará vida ao piloto de avião Silvio. Na trama, ela enfrentará dilemas pessoais e profissionais. Isso porque Ellen ganhará muitos desafetos ao defender bravamente as bandeiras levantadas pela ONG de proteção aos animais na qual trabalha. Entre outras coisas, ela vai lutar contra a construção de um resort em uma área preservada. Como se isso não fosse o bastante, ela ainda perderá o apoio do marido, que morre no decorrer da história. “A Ellen vai passar por muitos momentos difíceis”, adianta a atriz, fazendo mistério sobre o futuro da personagem. Dirigida por Edgar Miranda, a novela promete muito suspense, já que, uma série de assassinatos misteriosos revelará uma conspiração política.

Viver um papel mais leve na nova novela da Record não foi suficiente para deixar a atriz mais tranquila. Ao contrário. Por se tratar de uma personagem mais próxima de sua realidade, Aline considera o trabalho ainda mais complexo. “É complicado interpretar uma personagem que pensa como eu penso. Isso me exige cuidado redobrado para não interpretar eu mesma”, justifica ela, já que, diferentemente de Ellen, Lacraia possuía muitos trejeitos, o que facilitava seu trabalho de composição. Sem as características tranças nos cabelos e com o estilo menos despojado, Aline já se despediu completamente de Lacraia. Para interpretar Ellen, a atriz aparecerá com um novo visual, coerente com a personalidade séria que o papel exige.

Repetindo a parceria com o autor, Aline não esconde o entusiasmo quanto ao novo trabalho. Antes de saber que estaria no elenco da novela, ela já tinha grandes expectativas. Quando soube que Marcílio seria o responsável pelo texto, se animou com a possibilidade de, dessa vez, trabalhar com ele em uma obra aberta e de longa duração. “Fiquei torcendo para entrar. Quando me ligaram para contar da personagem, foi uma alegria só. A Record apostou em mim e sou grata por isso”, reconhece a fluminense, que tem contrato com a emissora até 2014.

A estabilidade, no entanto, não foi fácil de conquistar. Antes de conseguir papéis de destaque na televisão, Aline foi desencorajada, inclusive pela própria família. “Meu pai dizia: ‘essa coisa de ator é para rico’. Então, eu realmente comecei a acreditar que trabalhar em televisão seria algo muito difícil”, conta a atriz, de 35 anos, que começou a estudar teatro aos 11. “Nunca tive facilidades. Fui cavando o meu caminho sem desistir, porque era o que gostava de fazer”, lembra. Antes de estrear em novelas – seu primeiro papel foi Dolores, em 2002, no folhetim Coração de Estudante, da Globo –, Aline passou dois anos fazendo parte de uma trupe circense. Foi lá que aprendi o valor da arte e como isso atinge as pessoas”, analisa.

Criaturinha televisiva

Júlia Matos fala sobre o início precoce na televisão

por Natalia Palmeira/PopTevê

Com um jeito espontâneo e uma beleza que foge dos padrões, Júlia Matos sempre ouviu conselhos para trabalhar no meio artístico. Ruiva natural, a atriz, de 14 anos, que interpreta a adolescente Sandrinha, em Cama de Gato, costumava chamar a atenção desde criança. Todo mundo falava que eu poderia ser modelo até que, um dia, minha mãe viu um anúncio de jornal para entrar em uma agência”, lembra ela, que desde então passou a estudar artes cênicas e fazer testes para novelas. A primeira oportunidade na televisão veio quatro anos depois, quando tinha apenas 9 anos, na série Um Menino Muito Maluquinho, na TVE. De lá para cá, ela atuou em mais duas novelas de época na Globo, O Profeta e Desejo Proibido. Em seu terceiro trabalho em folhetins, essa é a primeira vez que Júlia dá vida a um personagem contemporâneo. “Gosto do atual porque posso brincar mais. Já o de época é bom porque eu aprendo muitas coisas que não sabia”, compara.

É justamente a novidade na carreira que deixa Júlia empolgada com o trabalho. Mas interpretar uma adolescente contemporânea não é o suficiente para a atriz se identificar com o papel. Isso porque, na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, ela vive uma menina muito vaidosa. “Ela não tem nada a ver comigo. Porque ele é bem ‘patricinha’ e eu já sou mais largada”, explica Júlia, que pela falta de semelhanças, teve de buscar referências para ajudar a compor o personagem. “Cheguei a assistir três filmes por dia e depois ia adaptando para a Sandrinha”, ressalta.

Nome: Júlia Macêdo Matos

Nascimento: 27 de setembro de 1995, em Campinas, São Paulo.

Na tevê: “Gosto de tudo. Assisto do Faustão à novela’”.

Ao que não assiste na tevê: “Desenhos infantis”.

Nas horas livres: “Gosto de dormir”.

No cinema: “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino.

Música: “Escuto muito samba, mas gosto de todos os estilos”.

Livro: “O menino do pijama listrado”, de John Boyne.

Prato predileto: Lasanha.

Pior presente: “Faço aniversário no dia de São Cosme e Damião. Por isso, já ganhei um saquinho de balas”.

O melhor do guarda-roupa: “Short jeans”.

Perfume: “Flower by Kenzo”, Kenzo.

Mulher bonita: Megan Fox.

Homem bonito: Dudu Azevedo.

Cantor: Diogo Nogueira.

Cantora: Maria Gadú.

Ator: Selton Mello.

Atriz: Fernanda Montenegro.

Animal de estimação: “Tenho dois gatos, Ramires e Ramona”.

Escritor: Walter Negrão.

Arma de sedução: “Meu cabelo”.

Programa de índio: “Ir em uma festa que não conheco ninguém, só a aniversariante”.

Melhor viagem: “Quando fui para São Luís, no Maranhão, com meus pais e meu irmão”.

Sinônimo de elegância: Lília Cabral.

Melhor notícia: “Quando fiquei sabendo que ia fazer a série Um Menino Muito Maluquinho na TVE, me arrepiei inteira”.

Inveja: “De quem canta bem”.

Ira: “De brigar com a minha mãe”.

Gula: “Torta de Limão. Sou capaz de comer uma sozinha”.

Cobiça: “Quando passo em frente uma agência de viagens”.

Luxúria: “Tornozelo grosso chama a minha atenção”.

Preguiça: “De caminhar”.

Vaidade: “Minhas unhas. Se deixar eu mudo a cor todos os dias”.

Mania: “De estalar os dedos e o pescoço”.

Filosofia de vida: “Sempre procuro preservar meus amigos e minha família”.

Na garupa do sonho

João Baldasseirine se contagia com a pureza do motoboy que interpreta

por Clarissa González/PopTevê

Tímido, João Baldasseirini era daqueles meninos “sem muita opinião”, como ele mesmo reconhece. Começou a fazer teatro exatamente para conseguir se expressar melhor. Graças ao Túlio, seu personagem em Tempos Modernos, aprendeu a admirar “a pureza das pessoas” e não ter vergonha de mostrar o que sente. “Me deixei contagiar por essa espontaneidade e vontade de viver do Túlio, que é um cara puro, um sonhador. Estou aprendendo um monte de coisas com ele”, reconhece o ator, que faz sua estreia na tevê depois de somar mais de quatro anos de experiência com o grupo teatral Os Satyros e ter protagonizado o mais recente longa de Walter Salles e Daniela Thomas, Linha de Passe, premiado tanto no Brasil como no exterior.

Decidido a sair de São Paulo e viver novas experiências, este paulistano que cresceu em Indaiatuba, interior do estado, fez cinco testes até ser convidado para integrar o elenco de Tempos Modernos. “Eu estava fazendo a Oficina de Atores da Globo quando abriram o processo de seleção para a novela. Queria mudar de ar e trabalhar em televisão. Era a oportunidade perfeita”, admite. Quando foi selecionado para viver o romântico motoboy de Tempos Modernos, João Baldasseirini começou a questionar sua maneira de encarar a vida. “As coisas não se resumem a ganhar e ter. Não podemos viver só o aqui e agora e aceitar um ritmo imposto por máquinas”, afirma. “Eu amo o Túlio porque ele não desiste dos sonhos dele”, arremata.

Nome: João Carlos Ferreira Baldasseirine.       

Nascimento: São Paulo, dia 23 de janeiro de 1984.

Na tevê: “Tudo! Dos clássicos do cinema aos jornais, passando por desenhos e até Chaves”.

Ao que não assiste na tevê: “O que passa quando durmo na frente dela”.

Nas horas livres: “Vou à academia, à praia. Vejo os amigos, assisto a TV, leio um livro”.

No cinema: “Filmes como Dançando na chuva. E também Linha de Passe. Gosto de cinema brasileiro!”.

Música: “As da Maria Gadú e as do Chico Buarque”.

Livro: “Gosto de vários, mas no momento estou lendo Antes do Baile Verde, da Lygia Fagundes Telles”.

Prato predileto: “Macarronada com calabresa apimentada”.

Pior presente: “Realmente não sei”.

O melhor do guarda-roupa: “Camiseta cavada, bermuda”.

Perfume: “Calvin Klein Black”.

Homem bonito: “Meu irmão”.

Mulher bonita: Penélope Cruz.

Cantor: “O Chico, claro!”.

Cantora: Maria Gadú.

Ator: Tony Ramos.

Atriz: “Várias... Mas se tivesse de escolher uma seria a Sandra Corveloni, com quem adorei trabalhar em Linha de Passe. Ela mereceu ganhar o prêmio em Cannes!”.

Animal de Estimação: “Não tenho”.

Escritor: Lygia Fagundes Telles.

Arma de sedução: “Acho que é a minha espontaneidade”.

Programa de índio: “Acampar com chuva”.

Melhor viagem: “Para Cannes, quando fomos lançar o Linha de Passe no festival”.

Sinônimo de elegância: Carla Bruni.

Melhor notícia: “Saber que tinha sido selecionado para protagonizar o filme do Walter Salles”.

Inveja: “A calma, especialmente quando preciso dela e não a tenho”.

Ira: “A falta de sinceridade”.

Gula: “O estrogonofe da minha avó”.

Cobiça: “No momento, uma caminhonete Pajero”.

Luxúria: “Hum... Bomba de Chocolate!”.

Preguiça: “De não fazer nada”.

Vaidade: “Cuidar do cabelo”.

Mania: “Mexer no cabelo”.

Filosofia de vida: “O sucesso não é o final, o fracasso não é fatal; o importante é sempre seguir em frente”.

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