Pai ideal
Um estudo realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, coordenado pelo psicólogo Rubens Maciel concluiu que os homens muitas vezes idealizam o papel de pai, criando expectativas que ultrapassam as suas próprias condições.
Para tanto, ele fez entrevistas com homens entre 30 e 40 anos de idade, que viviam uma união estável e estavam acompanhando a gravidez de suas mulheres. Eles sonham em ser um modelo para os filhos, o que acaba sendo motivo de muitas angústias, por não saberem se poderão cumprir este papel.
Segundo o psicólogo, muitos entrevistados falaram de seus pais com certo ressentimento, alegando, principalmente, que estes foram muito ausentes.
A pesquisa também observou que os pais viam a paternidade como a solução para seus problemas. Parecem acreditar que os filhos poderão livrá-los de todas as angústias.
O estudo se reveste de grande importância, pois, ao contrário dos muitos trabalhos já feitos sobre maternidade, há poucas pesquisas abordando a paternidade. Rubens Maciel ressalta a importância que esta ganhou na atualidade. “Os pais sempre se mantiveram na condição de provedor e muito mais distantes dos filhos que as mães. A educação era papel da mulher. Hoje é diferente, os pais estão muito mais próximos e influenciam os filhos muito mais do que antes”, declarou.
Antibióticos só com receita médica
Ainda neste ano, a compra de antibióticos só poderá ser feita mediante a apresentação de uma receita que ficará retida na farmácia ou drogaria. A previsão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de que a medida entre em vigor até o mês de setembro.
Os quatro tipos de antibióticos mais vendidos – a azitromicina, o sulfametoxazol, a amoxicilina e a cefalexina, usados em mais de 1.500 medicamentos – passarão por um controle ainda mais rigoroso. As farmácias e drogarias serão obrigadas a registrar os dados relativos a cada venda, a quantidade e o nome do médico que fez a prescrição, como já acontece com diversas drogas, como os remédios para emagrecer e para depressão.
Segundo as regras atuais, o paciente precisa apenas apresentar a receita, mas pode ir embora com ela. Na prática, porém, até essa exigência costuma ser descumprida e o medicamento é vendido livremente. A própria Anvisa reconhece este problema e foi por isso mesmo que resolveu propor regras mais rígidas para a comercialização de antibióticos.
A medida visa a evitar também a automedicação e o uso incorreto deste medicamento, que podem tornar as bactérias resistentes, dificultando o tratamento de algumas doenças e infecções.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 50% dos pacientes tomam antibiótico apenas por um dia. A baixa adesão ao tratamento torna a bactéria ainda mais resistente a esse tipo de medicamento. Os antibióticos também são usados erroneamente para o combate a infecções virais.
Vale lembrar que os antibióticos são importantes no tratamento de diversas doenças, mas têm vários efeitos colaterais indesejáveis e seu uso pode estimular o desenvolvimento de bactérias mais resistentes.
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