Bula sem lupa - 27 de março.

Por Dalva Ventura
sexta-feira, 26 de março de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Tempo médio de aleitamento materno aumenta de 296 para 342 dias em nove anos

Um levantamento do Ministério da Saúde, que avaliou aproximadamente 118 mil crianças, mostrou que o tempo médio de aleitamento materno no país aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008, nas capitais, no Distrito Federal e em outros 239 municípios brasileiros.

O estudo também revelou um aumento do índice de aleitamento materno exclusivo em crianças menores de quatro meses. Em 1999 este índice era de 35%, passando para 52% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento, em média, de um mês, na duração do aleitamento materno exclusivo, passando de 24 dias para 54 dias – ou seja, mais que dobrou.

Na década de 1970 as mães amamentavam em média 2,5 meses apenas. Nos últimos anos, porém, graças à conscientização dos profissionais, às campanhas de incentivo ao aleitamento materno, ao aumento na licença-maternidade, à atuação de grupos de mães que se apoiam mutuamente nesta prática, este cenário se modificou bastante.

O Brasil é hoje um dos poucos países onde há uma política nacional de aleitamento materno coordenada em nível federal, que conta, inclusive, com normas de controle de comercialização dos chamados ‘substitutos do leite materno’. Desde a implantação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, no início da década de 1980, os índices de aleitamento materno vêm aumentando gradativamente.

Mix de vacinas experimentais contra Aids diminuiu pela primeira vez o risco de infecção pelo vírus HIV

Uma combinação de duas vacinas experimentais contra a Aids já testadas foi administrada a 16 mil voluntários na Tailândia, no maior teste já realizado com uma vacina contra a Aids. A conclusão foi que este mix de vacinas reduziu em quase um terço o risco de contrair o vírus HIV. O estudo foi realizado pelo exército americano, em parceria com o governo da Tailândia, e durou sete anos.

Todos os voluntários – homens e mulheres com idades entre 18 e 30 anos – não eram portadores do HIV e viviam em algumas das regiões mais afetadas da Tailândia. Metade dos voluntários recebeu a vacina e, a outra metade, um placebo. Todos receberam aconselhamento sobre prevenção do vírus HIV. Entre os voluntários que receberam a vacina, o risco de infecção pelo HIV foi 31,2% menor do que entre os que tomaram o placebo.

As vacinas combinadas já haviam sido testadas sem sucesso. Por isso mesmo, este novo resultado está renovando o otimismo dos pesquisadores. No entanto, acreditam, ainda é cedo para comemorar, pois o HIV parece ser extremamente eficiente em ‘enganar’ o sistema imunológico.

Estima-se que cerca de 33 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras do vírus HIV e uma vacina teria enorme impacto, principalmente em regiões onde a infecção é endêmica, como em certas regiões da África. “Os números são baixos e a diferença pode se dever à sorte, mas esta foi a primeira notícia positiva no campo de vacinas contra a Aids em uma década”, disse Richard Horton, editor da revista médica Lancet. O resultado também foi comemorado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo programa conjunto da ONU para a Aids (UN/Aids).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade