Palavreando - 14 de novembro

Por Wanderson Nogueira
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Flamengo

Muito mais do que um clube, uma religião. O Flamengo faz do estádio catedral fervorosa e das casas que abençoa templos de alegria coloridas em vermelho e preto. Flamengo que arrebata corações e não há nenhuma outra instituição no mundo que arrebate mais corações que o Flamengo. E isso não se deve ao fato do Flamengo ter nascido para ser campeão ou do evidente fascínio que sustenta a cada vez que entra em campo ou do natural respeito que impõe a cada vez que sua bandeira é agitada. É algo que não se explica ainda que haja inúmeras razões para argumentar. Mas o Flamengo não é argumento, é comprovação de quem não precisa comprovar nada. É massa! É povo! É raça! É gente! Gente de todo o tipo que encontra no Flamengo mais que uma legião de torcedores, mas um esquadrão de apaixonados, aficionados por essa sublime forma de amor, seguidores rubro-negros que manifestam no canto sua paixão e carregam no peito seu motivo de viver!

O Flamengo é o maior rival de todos e ainda assim não possui rivais. Talvez, os deuses do futebol tenham escolhido o Flamengo para despertar nas almas que se deixam por ele encantar toda a emoção de viver. E o Flamengo transporta seus escolhidos a um mundo intenso, tanto quanto inexplicável. A um mundo que não pode ser entendido ainda que possa ser superficialmente imaginado no grito do maior coral do mundo. Milhões de vozes igualadas pela sorte de possuir coração rubro-negro que em uníssono cantam, pulam, sorriem e também choram seja pela taça conquistada ou pela derrota injusta. Sim! Porque a derrota do Flamengo será sempre uma injustiça!

E não adianta falar de mantos sagrados, pois apenas um é verdadeiramente manto sagrado. Apenas um dá arrepios, apenas o manto sagrado rubro negro foi escolhido pela história para assim ser. E é apavorante de tão louco e fantástico quando entram nos gramados da vida os heróis rubro-negros vestidos com o manto sagrado. Manto sagrado que é a própria pele da alma. Respeitado, ufanado, consagrado, glorificado! Sagrado!

E o Flamengo tem definitivamente suas raízes fincadas no mistério e suas letras escritas pelo sobrenatural. Está envolto em uma força estranha presente em sua camisa, ilustrada no seu brasão, mas mais evidenciada mesmo no seu nome: Flamengo. E é difícil desvendar ao ponto que é impossível definir um rosto para o Flamengo. O Flamengo não tem rosto, pois é massa, é povo, é raça, é gente, é Flamengo!

Falar de Flamengo é, enfim, convocar lendas imortais, imortalizar mitos, mistificar astros, agigantar gigantes. Escutar sobre o Flamengo é, enfim, estender em berço esplêndido os maiores símbolos do futebol mundial, relembrá-los para fazer deles exemplos que dão continuidade a essa história que não é escrita de qualquer maneira ou possível de ser biografada, apenas contada nem sempre com o toque de magia com que foi desenhada. Mas falar de Flamengo é acima de tudo se encantar por sua gigantesca e maravilhosa torcida. Sempre um espetáculo à parte! Um turbilhão de emoções que arrepia. Sem sombras de dúvidas a oitava maravilha do mundo. E não há emoção igual a de um gol do Flamengo. O gol do Mengão pode até não ser o mais bonito, mas é o melhor comemorado. Isso porque, Flamengo é massa! É povo! É raça! É gente! É taça e conquista! É um bem da humanidade, pavilhão de amor vermelho e preto encarnado, idolatrado, ardendo em fé. Muito mais que um clube, uma agremiação de futebol, regatas e outros esportes. Uma religião. Um modo de vida como diz a canção. Uma forma de ver o mundo como fala cada gol. Um jeito de ser como conta cada feito. Ser campeão!

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