Top colocado na mãe antes de entrar na sala de parto garante mais proteção na hora de mamar
Até algum tempo, recomendava-se que todo recém-nascido fosse amamentado na primeira meia hora após o parto. Agora isso mudou e os hospitais que incentivam o aleitamento materno estão adotando uma nova regra: manter mãe e bebê em contato pele a pele por, no mínimo, uma hora depois do nascimento, pois isso vai ajudá-la a reconhecer os sinais que o neném emite quando está apto para ser amamentado.
Para que tudo dê certo, duas médicas do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), de Recife, desenvolveram uma estratégia interessante. Todas as gestantes vestem, antes do parto, um top de algodão. Quando a criança nasce, seja de parto normal ou cesariana, passa por uma limpeza superficial e é logo encaixada entre os seios da mãe, encontrando ali aconchego e proteção.
Simples, barata e prática, a vestimenta permite o contato pele a pele entre mãe e bebê, facilita e estimula o aleitamento logo nos primeiros instantes de vida. Tudo com conforto e segurança. O top é semelhante ao que muitas mulheres já usam, apenas de tamanho maior e foi criado para que o recém-nascido fique bem encaixado, sem risco de cair. Com ele, a mãe não precisar ficar segurando a criança.
Além de deixar mãe e filho mais próximos, o top contribui para aumentar a imunidade dos bebês, que entram em contato com as bactérias da própria mãe, contra as quais encontra anticorpos no leite materno. Os benefícios dessa atitude tão simples são sentidos até na fase adulta.
“Se fosse levado para o berço, seria colonizado pelas bactérias de lá”, disse a coordenadora do Banco de Leite do Imip, Vilneide Braga-Serva. Sem contar que o simples toque e o roçar do rostinho da criança no peito da mãe aumenta em cinco vezes a produção de prolactina basal, hormônio responsável pela produção do leite. “E o neném se aquece, se organiza, se acalma e se acalenta. Faz com que a primeira experiência de vida dele seja prazerosa”, enfatizou.
Um estudo com mais de dez mil crianças realizado pela Organização Mundial de Saúde, na África, mostrou que o aleitamento e o contato entre mãe e filho na primeira hora após o parto reduziram em um terço a mortalidade neonatal.
A ideia deu tão certo que hospitais de vários estados brasileiros já estão de olho na invenção pernambucana. O hospital onde surgiu o método está acostumado com o pioneirismo. Foi o primeiro Hospital Amigo da Criança do Brasil e a primeira unidade de saúde a implantar o projeto mãe-canguru no país, há mais de 15 anos.
Células-tronco aprovadas no tratamento do enfisema
Pesquisadores do Instituto de Moléstias Cardiovasculares, em São José do Rio Preto, e na Universidade Estadual Paulista, em Assis, ambas no interior de São Paulo, divulgaram esta semana o resultado de mais uma pesquisa com células-tronco, aquelas que podem se transformar em qualquer tecido humano.
Elas foram usadas, com sucesso, no tratamento do enfisema pulmonar. Os primeiros resultados positivos apareceram em cobaias animais. Depois, o procedimento, considerado inédito, foi testado em três pessoas.
As células-tronco foram retiradas da medula óssea e injetadas em uma veia do braço. Os estudos mostraram que uma grande parte das células foi diretamente para os pulmões e o estado de saúde dos pacientes melhorou.
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