Consumo de anabolizantes cresce de forma assustadora
O consumo de esteróides anabolizantes, as populares bombas, está crescendo assustadoramente. São drogas poderosas e, nem precisa dizer, perigosíssimas. Sim, elas são capazes de transformar muito rapidamente qualquer jovem magrelo e franzino num pitbull., mas o preço que se paga é muito alto.
A endocrinologista Joseli Madeira diz que a lista de efeitos colaterais destas drogas é extensa e incompleta até porque, como não há controle, alguns desses jovens usam doses cavalares de hormônios. Além disso, a maior parte dos esteróides comprados nas academias e quadras de esporte são falsificados, o que representa um perigo ainda maior. Pesquisadores da USP já encontraram até vírus de hepatite em algumas destas drogas.
Os esteróides anabolizantes (Deca-durabolin, Hemogenin, Durateston, Winstrol e outros), geralmente são associados a complementos alimentares como aminoácidos, proteínas e carboidratos. Todos são vendidos em farmácias, pois são utilizados no tratamento de diversas doenças, como o câncer de mama, as anemias associadas à insuficiência renal e por deficiência de medula óssea, infecções crônicas e insuficiência de crescimento, entre outras.
Com tarja vermelha na embalagem, só são vendidos com receita médica, que fica retida nas farmácias. Já foi o tempo em que era fácil comprar qualquer um deles. Hoje em dia, a fiscalização é severa, o que não impede o usuário de comprar a droga no mercado negro. Basta pagar mais caro por ela.
Os prejuízos causados à saúde são comprovadas por diversos estudos científicos. Entre os efeitos adversos, a médica cita tremores nas mãos, enxaquecas, insônia, câimbras, hipertensão arterial, aumento do colesterol, problemas cardíacos, complicações hepáticas e redução de hormônios sexuais.
Segundo a médica Joseli Madeira, o mais importante para fazer frente a esta epidemia é divulgar informações cientificamente documentadas mostrando os riscos do uso indevido de anabolizantes.
Brasileiros não sabem identificar a doença que mais mata no país
168 mil pessoas foram hospitalizadas no Brasil ano passado em decorrência de AVCs: quase 30 mil morreram
Um estudo publicado no início do ano na revista científica Stroke mostrou que 90% dos brasileiros não têm nenhum tipo de informação sobre o AVC (Acidente Vascular Cerebral), a doença que mais mata no país e mais deixa inválidos permanentes.
Os pesquisadores entrevistaram 800 pessoas de diferentes níveis sociais nas ruas de São Paulo, Salvador, Fortaleza e Ribeirão Preto. Dentre elas, apenas 15,6% conseguiram dizer o significado da sigla AVC e 18,5% dos entrevistados não souberam mencionar nenhum fator de risco (pressão alta, tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes, problemas cardíacos, maus hábitos alimentares, colesterol alto e estresse).
A pesquisa mostra que os brasileiros confundem o AVC com problemas do coração, nervosismo, pressão alta, epilepsia e até câncer. Ignoram que ao primeiro sinal de alarme devem correr para o pronto-socorro. Segundo o neurologista Octávio Marques Pontes-Neto, da USP de Ribeirão Preto, um dos autores da pesquisa, as sequelas e mortes por AVC ocorrem justamente porque as pessoas chegam muito tarde ao hospital.
Já existe um medicamento para dissolver o coágulo que entupiu o vaso cerebral, evitando, assim, as sequelas do derrame. Mas, para que a droga funcione, deve ser ingerida até três horas após os primeiros sintomas. Até uns 20 anos, o AVC era tido como uma doença sem tratamento e, por conta disso, ficou negligenciado. Hoje já se sabe como prevenir e tratar. Para tanto, porém, é fundamental que as pessoas conheçam a doença.
Dor do parto oferece vantagens para a mãe e o bebê
Embora a anestesia peridural seja útil e, em alguns casos, imprescindível, a dor do parto pode ter uma série de efeitos benéficos para a mulher e o bebê, que são anulados quando a paciente opta por dar à luz com esta técnica.
Quem afirma é o obstetra e professor da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, Denish Walsh, em artigo publicado na revista Evidence based midwifery. Segundo Walsh, a dor é um rito de transição que contribui claramente com a fisiologia do parto, ajuda a fortalecer o vínculo entre a mãe e o filho e prepara a mulher para as responsabilidades da maternidade.
Sem menosprezar o valor da anestesia epidural, fundamental em alguns casos, o professor aponta que nos últimos anos seu uso aumentou exagerada e desnecessariamente, pois existem alternativas menos invasivas contra a dor.
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