Alerta para a obesidade infantil
A obesidade já é considerada uma epidemia mundial que atinge todas as faixas etárias, principalmente devido à má distribuição de renda no planeta e ao aumento de hábitos alimentares nada saudáveis, com o aumento do consumo de fast-food e alimentos industrializados. A obesidade infantil é uma realidade que pode provocar diversos problemas de saúde e, como doença, deve ser tratada.
Alguns fatores são determinantes para o estabelecimento da obesidade: desmame precoce e introdução de alimentos inadequados, emprego de fórmulas lácteas preparadas inadequadamente, distúrbios do comportamento alimentar, relação familiar conturbada, horários irregulares (longos intervalos entre as refeições ou vários beliscos durante o dia), repetição de refeições ou alimentos, mastigação pouco eficiente e rápida durante as refeições, qualidade e quantidade inadequada de alimentos levando ao desequilíbrio entre os macronutrientes e déficit dos micronutrientes.
A família deve participar intensamente durante o tratamento nutricional, colaborando na escolha e preparo dos alimentos consumidos dentro ou fora de casa, auxiliando no porcionamento dos pratos ou controle de quantidades nas refeições. Esse processo deve estimular mudanças no hábito e comportamento alimentar de maneira lenta e gradativa. Deve-se enfatizar que a criança tem grande responsabilidade no processo e que, para sua eficácia, é necessário contar com determinação, paciência, disciplina e mudanças no comportamento e nos conceitos relacionados à alimentação.
Deve-se evitar o uso excessivo de complementos ao leite, como achocolatados e engrossantes. Esses na maioria das vezes são dispensáveis e acaba caracterizando o excesso de calorias. Se a criança está acostumada, tente ir diminuindo a quantidade adicionada, para que ele vá se habituando.
Ofereça verduras e vegetais em geral, na forma de saladas e refogados; prefira as carnes magras (inclusive para as sopas), e as preparações mais gordurosas, como os empanados e fritos, devem ser excluídas, dando-se preferência aos grelhados, assados e cozidos. Prefira levar a criança para almoçar ou jantar em um restaurante, onde tenha essas opções, do que em um fast food, onde fica mais difícil fugir do excesso de gordura.
Antes de achar que a criança está muito magra ou obesa, o melhor é procurar auxílio com especialistas. Forçar a criança a comer ou investir em fortificantes e remédios para abrir o apetite por conta própria pode ser um erro grave.
Até a próxima semana!
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