A medicina está no ar
Virou moda: nunca houve tantas séries e programas sobre o cotidiano médico na TV. A mais famosa é, sem dúvida, House, com o sarcástico médico Gregory House, especializado em diagnósticos. O programa, que leva ao público doenças até então pouco conhecidas dele, como lúpus, também fez bonito nas livrarias. Lançado pela Best Seller, A ciência médica de House, com os principais casos mostrados no seriado, já vendeu 40 mil exemplares e está na décima edição.
O Discovery Home & Health tem até um dia temático, a segunda-feira. O maior sucesso é Enigmas da medicina, que mostra casos solucionados graças ao empenho dos doentes e seus parentes. O filão também conta com um representante nacional, o E24, que a Band exibe toda terça às 22h15. O programa mostra todo o percurso de atendimento de emergência da rede pública de São Paulo, sem censura de casos de acidentes graves e sem a intervenção de repórteres, apenas com uma narração em off.
Estudo feito por neurologista friburguense é publicado por importante revista médica
Um relato de caso feito pelo neurologista Paulo Rosa (foto) acaba de ser publicado na revista Arquivos de Neuropsiquiatria, a mais importante e respeitada do setor, inclusive em nível internacional. A paciente cujo caso foi relatado, deu entrada no Hospital São Lucas com um quadro clínico de acidente vascular-cerebral.
Dois fatos chamaram a atenção dos médicos que a atenderam. A localização incomum do AVC, isto é, a área responsável pelo equilíbrio e controle da motilidade dos olhos e o fato da paciente não apresentar qualquer fator de risco para problemas cardiovasculares. A não ser um pequeno distúrbio de coagulação, isto é, mais plaquetas que o normal.
Depois do diagnóstico inicial, a equipe que a atendeu descobriu uma série de outros problemas. O AVC teria sido causado, inclusive, por conta de um infarto do miocárdio completamente assintomático que a levou a fazer uma ponte safena. E não foi só: também teve de retirar um trombo de dentro do coração. “Foi um caso grave e absolutamente incomum, ainda mais com todo este cortejo”, ressaltou Paulo Rosa, feliz com a publicação do trabalho, que representa o reconhecimento da comunidade científica. Além da neurologia, o caso envolveu a equipe de cardiologia e cirurgia cardíaca do HSL, assim como a fisioterapia, a fonoaudiologia e a psicologia.
Em tempo: a paciente em questão saiu do quadro ainda com algumas alterações visuais e dificuldades para andar, mas já está voltando a suas atividades normais.
Alga reduz níveis de gordura, colesterol e glicose no sangue
Um estudo publicado no Journal of Medicinal Food informa que a alga chlorella vulgaris ou Chlorela Pyrenoidosa agiria na redução de percentuais de gordura corporal, colesterol total e níveis de glicose no sangue. Os médicos responsáveis pela pesquisa acompanharam indivíduos com fatores de risco para doenças decorrentes de estilo de vida e outros, saudáveis, num período de 20 semanas após a ingestão da chlorella.
Trata-se de uma alga microscópica que contém, aproximadamente, 60% de proteínas, 18 aminoácidos (incluindo todos os essenciais) e mais de 20 tipos de vitaminas e minerais, com destaque para o betacaroteno (vitamina A). A chlorella é, também a maior fonte de clorofila do planeta, o que a torna um poderoso antioxidante natural. É o principal suplemento alimentar dos japoneses, que a consomem em forma de saladas e sushis.
A chlorella foi descoberta em 1890 pelo microbiologista holandês Martinus Beijernick, ao estudar algas cultivadas nos tanques e observar o verde profundo que as águas adquiriam. Há mais de 40 anos, ela vem sendo alvo de pesquisas em todo o mundo e seus efeitos sobre doenças como hipertensão, síndrome metabólica, osteoartrite, anemia e colite ulcerativa já foram comprovados cientificamente.
O consumo da chlorella é aprovado pelas normas do FDA (Food & Drug Administration) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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