Cuidando dos Bichinhos - 4 de julho

Por Drª Flávia de Oliveira Herdy & Drª Henriette Bito Jordão
sexta-feira, 03 de julho de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Iguana

Se pretende vir a ter uma iguana como animal de estimação não se esqueça que se trata de animais que podem vir a ocupar bastante espaço durante bastante tempo. Com efeito, chegam atingir cerca de 1,8 metros de comprimento e 10 kg de peso e podem viver até cerca dos 20 anos. As iguanas utilizadas como animais de estimação são oriundas de locais quentes e úmidos. Alimentam-se de plantas, vivem nas árvores e gostam de se estender ao sol. O seu ambiente em cativeiro deverá assemelhar-se o mais possível ao ambiente natural, de modo que os animais se possam sentir confortáveis. Como os outros répteis as iguanas são animais de sangue frio, necessitando na generalidade das condições de uma fonte de calor suplementar; a temperatura ideal para estes animais é de cerca de 30 a 33ºC durante o dia e de 20 a 25ºC durante a noite.

Embora as iguanas que vivam em cativeiro possam durar até 20 anos, muitas acabam por morrer nos primeiros 6 meses de vida. Poucas duram mais do que dois anos. Existem duas razões que explicam este cenário sombrio: falta de informação sobre a forma correta de tratar o animal e a relativa complexidade em cuidar deste réptil. Muitas vezes estes animais são adquiridos de forma impulsiva nas lojas, não havendo por parte dos compradores (e muitas vezes da própria loja) os conhecimentos mínimos sobre as necessidades nutricionais e ambientais do animal.

Alimentar uma iguana não é como alimentar um cão ou gato. Não basta abrir uma lata de comida e esperar que ela corra para comer. Estes animais precisam de uma alimentação variada de vegetais frescos e fruta, bem como de suplementos vitamínicos para se manterem saudáveis. A domesticação de uma iguana requer tempo e paciência. Uma vez socializada, a iguana precisa de exercício regular e muita atenção e carinhos. É muito importante que interaja diariamente com o animal para se familiarizar com ele e aprender a interpretar os sinais que lhe transmite. Desta forma poderá detectar facilmente algum comportamento anormal que poderá ser sinal de doença.

As iguanas têm uma tendência grande para apanhar parasitas. Devem ser vistas por um veterinário especialista na espécie, no mínimo de 6 em 6 meses. Também devem ser feitos testes do sangue com regularidade para controlar os níveis de proteínas e minerais no sangue.

Como qualquer outro animal a iguana requer uma higiene constante. Com um pano úmido é possível fazer a higienização do corpo, para evitar arranhões. Não se deve esquecer-se de cortar as unhas da iguana e evitar o contato com outros animais. As fezes e a urina também devem ser retiradas.

Mesmo sendo pacifica, a iguana quando se sente ameaçada revida com mordidas e chibatadas com o rabo. O macho como forma de mostrar que é dono daquele pedaço, levanta a cabeça deixando a mostra sua papada do pescoço.

Origem e história

A iguana vive no México e no Brasil Central, em florestas úmidas e na caatinga. No Brasil a criação em cativeiro é proibida, por se tratar de um animal silvestre. Houve a liberação da importação, mas foi logo vetada. Neste curto espaço de tempo muitas pessoas adquiriram uma iguana, e se viram em apuros com o passar dos anos ao notar que elas não paravam de crescer. A solução precipitada foi soltá-la em um lugar com densa vegetação, o que ocasionou o desequilibro na fauna e até a morte do animal, já que por ter vivido em cativeiro, se tornou presa fácil dos predadores nativos.

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