Filha de peixe
Janaína Prado segue os passos do pai e estreia na tevê em “Caminho das Índias”
por Carla Neves / PopTevê
Desde que se entende por gente, Janaína Prado convive com atores, atrizes e estúdios de televisão. Filha do ator Osmar Prado, o indiano Manu de Caminho das Índias, ela conta que passou boa parte da infância visitando o pai nos sets de gravação, experiência que a seduziu e fez com que, aos 17 anos, optasse pela carreira de atriz. E hoje, aos 30, contracena com o pai nos sets da novela das oito da Globo, onde interpreta a indiana Sonya. “Não tem como a profissão dos nossos pais não entrar dentro das nossas casas. E foi o que aconteceu comigo. Sem falar que a profissão de ator é incrível, lida com a fantasia da criança. Fui mordida”, justifica a simpática atriz.
Escalada para fazer apenas uma pequena participação na trama de Glória Perez, Janaína agradou tanto a direção e a autora da novela que sua personagem ganhou destaque. De simples amiga de trabalho de Deva, de Cacau Melo, passou a ser uma séria ameaça ao casamento de Komal, de Ricardo Tozzi, e Rani, de Brendha Haddad. “O Komal está dando em cima da Sonya direto. Não sei o que vai acontecer, mas estou supercuriosa”, garante ela, que, por conta da personagem, está tendo a chance de contracenar com o próprio pai.
Trabalhar com Osmar, contudo, tem tranquilizado muito Janaína. Afinal, antes de viver a indiana, ela só havia feito pequenas participações na tevê: uma na microssérie Hoje É Dia de Maria e outra na minissérie Amazônia. “O fato de o meu pai estar ali me deixa mais à vontade. Ao mesmo tempo que bate uma certa responsabilidade, sei que ele vai me dizer se estou bem ou não”, assegura ela, admitindo que costuma pedir conselhos a Osmar. “O melhor é que ele é sincero sempre. Ele vira para mim e fala: ‘minha filha, não ficou bom, você perdeu aqui, você devia ter falado lá’”, conta.
Janaína faz questão de frisar, no entanto, que ser filha de quem é nunca lhe abriu portas. Pelo contrário. Ela sempre batalhou muito pela carreira de atriz. Não à toa, ressalta que só está tendo um papel de destaque na televisão agora, com 30 anos de idade. “Foi ótimo ter estreado na tevê agora, que tenho uma bagagem maior. Sei que me colocaram aqui por causa do meu trabalho”, orgulha-se ela, que tem uma larga experiência no teatro.
Nome: Janaína Vianna do Amaral Barbosa.
Nascimento: 4 de maio de 1979, no Rio de Janeiro.
Na tevê: “Adoro Friends e Two And A Half Men”.
Ao que não assiste na tevê: “Àqueles programas médicos de doenças e cirurgias”.
Nas horas livres: “Gosto de ler e dançar”.
No cinema: Cidadão Kane, de Orson Welles.
Livro: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector.
Música: “Estou em uma fase Nina Simone”.
Prato predileto: Sushi.
Pior presente: “Um CD de música eletrônica”.
O melhor do guarda-roupa: Jeans e tênis.
Perfume: Quase não uso.
Mulher bonita: Thalma de Freitas.
Homem bonito: Wagner Moura.
Cantor: Silvio Rodriguez.
Cantora: Ella Fitzgerald.
Ator: Meu pai.
Atriz: Glaucia Rodrigues.
Animal de estimação: “Tenho duas gatas”.
Escritor: Machado de Assis.
Arma de sedução: “O sorriso”.
Melhor viagem: “Quando rodei a Europa sozinha por três meses”.
Sinônimo de elegância: Jacqueline Laurence.
Gula: Ansiedade e TPM.
Inveja: “É algo que você deseja e não acredita que possa ter”.
Ira: Corrupção.
Luxúria: “A palavra certa, na hora certa... No ouvido”.
Cobiça: “Fazer um Shakespeare e um Nelson Rodrigues”.
Preguiça: “Arrumar a cama”.
Vaidade: “Não saio de casa sem brinco”.
Mania: “De incenso e de tirar o sapato antes de entrar em casa”.
Filosofia de vida: “Alimentar a vida e deixar morrer o que tiver que morrer”.
Simples assim
Caroline Abras se baseia em experiência
pessoal para criar personagem
por Carla Neves / PopTevê
Até viver a enxerida Jacira em “Paraíso”, Caroline Abras nunca tinha imaginado que a fase de fofoca e competição entre amigas, tão típica da adolescência, pudesse ser útil em sua vida. Até que ela se deparou com a personagem da trama das seis da Globo. “Voltei ao tempo do colégio, das intrigas e das melhores amigas para compor a Jacira. Eu mesma tinha oito”, lembra a estreante, que na novela das seis divide a “fofoca” da fictícia Paraíso com as igualmente mexeriqueiras Edith, Nina, Aninha e Cleusinha – vividas, respectivamente, por Paula Barbosa, Mareliz Rodrigues, Juliana Boller e Lucy Ramos.
Para dar veracidade à bisbilhotice das cinco personagens, Caroline conta que acabou se tornando muito amiga das companheiras de trabalho. “Tínhamos de ter essa afinidade porque as meninas vêm de uma amizade antiga, elas cresceram juntas”, justifica ela, que não se deu por satisfeita em apenas voltar aos próprios conflitos adolescentes e estreitar laços de amizade com as colegas de cena para encarnar a sonhadora “caipira”. “Viajei por conta própria para o interior de Minas e fui conhecer meninas que me inspirassem”, acrescenta.
Apesar de ainda engatinhar na tevê, Caroline já anda – e bem – no cinema. Aos 21 anos, ela contabiliza quatro filmes no currículo, entre eles, “Alguma Coisa Assim”, de Esmir Filho, e “Se Nada Mais Der Certo”, de José Eduardo Belmonte. Os dois filmes, inclusive, renderam à paulistana vários prêmios. Enquanto o primeiro lhe trouxe o Kikito de Melhor Atriz do Festival de Cinema de Gramado, o segundo lhe rendeu o mesmo título, só que nos Festivais do Rio e de Los Angeles. “É uma felicidade enorme ser premiada por algo tão batalhado. É como um fã me parar na rua e falar que está adorando o meu trabalho na novela”, compara.
Nome: Caroline Abras.
Nascimento: 11 de agosto de 1987, em São Paulo.
Na tevê: “Seriados e minisséries”.
Ao que não assiste: “Programa de fofoca”.
Nas horas livres: “Leio, vou ao cinema, ouço música e saio com os amigos”.
No cinema: “Persona”, de Ingmar Bergman.
Livro: “Crime e Castigo”, do Dostoievski.
Música: “Acabou Chorare”, dos Novos Baianos.
Prato predileto: Comida japonesa.
Pior presente: “Certa vez, ganhei um pijama amarelo. Que raiva que fiquei!”
O melhor do guarda-roupa: Acessórios.
Perfume: “212”, de Carolina Herrera.
Mulher bonita: Monica Bellucci.
Homem bonito: James Jean.
Cantor: Os Novos Baianos.
Cantora: Elis Regina.
Ator: Marlon Brando.
Atriz: Juliette Binoche.
Animal de estimação: “Tenho um pitbull red nose que se chama Zara”.
Escritor: Gabriel García Márquez.
Arma de sedução: O olhar.
Melhor viagem: “Para Cannes, na França”.
Sinônimo de elegância: “Uma pessoa inteligente”.
Gula: “Doce de leite com coco”.
Inveja: “Cada um tem o seu mérito. Não gosto dessa palavra”.
Ira: TPM.
Luxúria: “Olhar, bom humor e inteligência”.
Cobiça: “Meu apartamento”.
Preguiça: “Não sou uma pessoa preguiçosa”.
Vaidade: “Com o corpo e a alimentação”.
Mania: “De mexer no cabelo”.
Filosofia de vida: “Correr atrás dos meus anseios e dos meus objetivos. E continuar a luta, não desistir”.
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