Matérias - 30 de maio

domingo, 31 de maio de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Centenário do Tiro de Guerra é destaque de artigo especial no novo site do Pró-Memória

Flávia Namen

A maioria dos moradores de Nova Friburgo não sabe, mas o ano de 2009 marca o centenário de fundação do Tiro de Guerra 01-010. A instituição militar, inaugurada na cidade como Linha de Tiro Friburguense em 15 de agosto de 1909, é tema de um artigo especial no novo site do Pró-Memória (www.djoaovi.com.br). O texto, escrito pelo engenheiro e jornalista Nelson Alvarez, conta detalhes da história do TG e foi baseado em pesquisa feita pelo ex-chefe de instrução da unidade, Vítor Dornelles, historiador formado pela Uerj.

O levantamento foi elaborado a partir dos arquivos do TG e em históricos preparados pelo ex-chefe de instrução Geraldo Valin Pelúzio e pelo ex-atirador Gilberto Paulo de Souza (falecido em 2002). Vítor também coletou dados nos arquivos da família Côrtes Teixeira e do Colégio Modelo, onde a unidade militar passou a funcionar em 13 de dezembro de 1927. Na época, as instalações do colégio funcionavam na Rua Leuenroth e seu proprietário era o professor Carlos Côrtes, “um entusiasta do serviço militar, que presidiu o TG por vários anos”, conforme destaca o artigo.

O texto relembra uma série de curiosidades sobre o TG, cuja inauguração contou com a presença de várias autoridades, inclusive o ministro da Guerra, general Carlos Eugênio de A. Guimarães. “Em 9 de janeiro de 1938, já na gestão do sargento Renato Arnaldo da Silveira Lopes, que assumiu o TG em 1934, foi inaugurada uma nova sede num prédio alugado na Rua General Câmara (atual Augusto Spinelli) nº 27. No ano de 1941 foi iniciada uma campanha em prol da construção da sede própria, destacando-se Acácio Borges, presidente efetivo do TG, e o próprio sargento Renato”, diz outro trecho do artigo, ilustrado com várias fotos históricas .

Atual sede do TG foi inaugurada em 1942

O terreno para a construção da atual sede do TG, na Praça do Suspiro, foi doado por Astrodêmia de Morais e os recursos para a obra vieram do apoio de Vitalina Neves, conforme cita o texto que relembra um dos momentos mais importantes na história da instituição: “A inauguração aconteceu em 3 de outubro de 1942, em plena 2ª Guerra Mundial, quando os atiradores se preparavam para integrar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e lutar na Itália”

Outra curiosidade do artigo diz respeito ao obelisco localizado ao lado da sede, erguido em homenagem aos ex-combatentes de Nova Friburgo, que lutaram na Itália. “Foi inaugurado em 18 de outubro de 1945, com uma homenagem especial ao expedicionário Antônio Durval de Moraes, morto em combate na Itália”.

Para conferir todos os detalhes da história do Tiro de Guerra, cujo primeiro instrutor foi o sargento Carlos Vieira de Carvalho, basta acessar o site do Pró-Memória, voltado para a valorização e o resgate de fatos marcantes do município.

Reformulado recentemente, o site já saiu na frente e deu o pontapé inicial para as comemorações do centenário do TG, que atualmente tem como chefe de instrução o primeiro-sargento de infantaria, Isaías Henrique de Oliveira e como instrutor o segundo-sargento de infantaria, Anderson Carlos Rodrigues de Menezes Bispo.

Vale destacar que a pesquisa que originou o artigo também teve como base os arquivos do Pró-Memória, dirigido por Thereza Albuquerque, e entrevistas com ex-atiradores. Outra grande contribuição veio do acervo fotográfico cedido pela família do tenente Renato Lopes (falecido em 1990), que chefiou o TG por muitos anos.

O Raji nosso de cada noite

Elma Izai (*)

Todas as noites ele entra sala adentro, perturbando nosso sossego. Aproxima-se de nós, enquanto nosso companheiro de quarto cochila na poltrona. Rouba nossos sorrisos mais íntimos e nossos ais quando lambe com os olhos o rosto de sua mulher.

Ele a olha delicadamente, e seu olhar varre seu corpo devagar, enquanto suas mãos a tocam quase imperceptivelmente. Ele a abraça enquanto ela está de pé! Ah, como isto faz diferença! Deitados, somos todos do mesmo tamanho, e isso muda tudo.

De pé, as distâncias, as diferenças, são percorridas pelos olhares, pelo sussurro da respiração e, principalmente, de pé a gente se move e os corpos se aproximam e se afastam, criando uma energia absolutamente especial.

Como já diziam os antigos: mulheres não têm órgão sexual! Por isso espalharam sua sexualidade por toda a pele. Mas, por algum motivo, esqueceram de dizer isto aos homens. Então, enquanto as mulheres esperam ansiosas que seus parceiros lhes acariciem a nuca e os cabelos, eles se preocupam em despi-las.

As mulheres não querem ser despidas, querem ser desfolhadas, querem que lhes retirem as pétalas suave e delicadamente. E o Raji faz isso, enquanto muitos maridos leem a parte de esportes do jornal...

O Raji jura que vai tentar! As mulheres adoram esse tipo de compromisso. Mas muitos maridos acham completamente desnecessário reafirmar afetos que já deveriam estar mais do que claros.

O Raji dança e se encanta com a dança de sua mulher. As mulheres adoram dançar e mais, adoram serem vistas dançando...

O Raji entra pela tela da tevê e invade os sonhos das mulheres, que sorriem encantadas, enquanto alguns maridos esperam a novela acabar para ver alguma coisa que preste na TV.

O Raji autoriza fantasias, estimula desejos e, principalmente, se alia à mulher na defesa da delicadeza e da ternura...

Ou tiram o Raji do ar ou vai ter muita mulher pedindo visto para a Índia ou despachando seus companheiros de vida para outros destinos. Porque enquanto ninguém faz as mulheres se conformam, mas quando aparece alguém fazendo, fica muito mais difícil resistir ao desejo de ser delicadamente amada.

(*) Elma Izai é psicanalista- elmaizai@yahoo.com.br

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