Lógica impenetrável
Guilherme Boury dá vida a personagem virgem em ‘Poder Paralelo’
Guilherme Boury está vivendo um personagem nada comum em Poder Paralelo, da Record. No folhetim de Lauro Cesar Muniz, o ator interpreta o puro Pedro, um jovem rico, bonito e virgem por opção. “Ele foi criado numa redoma e vê um desequilíbrio muito grande no relacionamento de seus pais. O Pedro está em busca do amor”, explica ele, que assume ter tido dificuldades para encontrar uma justificativa para a virgindade do rapaz. Além disso, o personagem se apaixona por uma mulher com o dobro da sua idade, a madura Nina, de Patricia França. Os dois vão viver um amor proibido, já que Nina trabalha no hotel do pai do rapaz. “O Pedro enxerga na Nina uma maneira de fugir daquela família problemática. Ele é a ovelha branca”, defende Guilherme, já que Pedro tem uma mãe omissa, a Maura, de Adriana Garambone, e um pai cafajeste, o Bruno, de Marcelo Serrado.
Neste papel, Guilherme está vivendo o oposto de seus personagens anteriores. Isso porque o ator sempre interpretou personagens mais descolados e mulherengos, como o Caio de Alta Estação. No folhetim, exibido pela Record em 2006, Guilherme vivia um jovem conquistador que acabou se regenerando quando se apaixonou por Renata, de Andréia Horta. “O Caio foi feito para mim. Era eu mesmo ali só que um pouco mais irônico”, lembra. A trama era assinada pela mãe de Guilherme, a autora Margareth Boury.
Além do papel diferente, Guilherme está cursando a faculdade de cinema. O ator está no terceiro período na Universidade Gama Filho e não vê a hora de se formar. Além de atuar, ele pretende trabalhar por trás das câmeras, dirigindo. “Sou muito fã de cinema. Espero poder fazer um filme nacional em breve”, sonha.
Nome: Guilherme Boury Ayrosa Galvão.
Nascimento: 28 de outubro de 1983, em São Paulo.
Na tevê: Filmes.
A que não assiste na tevê: Programas de fofoca.
Nas horas livres: “Adoro surfar”.
No cinema: Filmes nacionais.
Música: MPB.
Livro: “Marley e Eu”, de John Grogan.
Prato predileto: “Qualquer um da comida japonesa”.
O melhor do guarda-roupa: Chapéu.
Perfume: Jean Paul Gaultier masculino.
Mulher bonita: Gisele Bündchen.
Homem bonito: “Heraldo Galvão, meu pai”.
Cantor: Mauricio Baia.
Cantora: Maria Rita.
Ator: Johnny Deep.
Atriz: Winona Rider.
Animal de estimação: “Kirra, meu labrador preto de estimação”.
Escritor: Agatha Christie.
Arma de sedução: Olhar.
Programa de índio: “Ir ao shopping aos domingos”.
Melhor viagem: “Quando fui jogar bola nos EUA com o time do meu condomínio em 1996”.
Sinônimo de elegância: Cavalherismo.
Melhor notícia: “Que eu ganhei um Oscar”.
Inveja: “De quem já ganhou na Mega Sena”.
Ira: Esperar.
Gula: Comida japonesa.
Cobiça: “Fazer cinema”.
Luxúria: Umbigo de mulher.
Preguiça: Acordar cedo.
Vaidade: “Com o meu cheiro, preciso estar sempre perfumado”.
Mania: Balançar a perna.
Filosofia de vida: “Viver o hoje e não pensar no amanhã”.
De volta para casa
Após ‘férias’ televisivas, Ratinho e
Netinho de Paula estreiam programas no SBT
Os nomes estão no diminutivo, mas Netinho de Paula e Ratinho são gente grande na grade do SBT em 2009. Não deixa de ser irônico também que – apesar do lustro de novidade – os apresentadores estejam voltando à emissora com programas que em muito lembram aquilo que já fizeram anteriormente na tevê. O próprio Ratinho defende que o retorno se dê nessa base, citando seu caso. “Mandei fazer uma pesquisa por conta própria, antes de saber do programa. O resultado é que o público queria o mesmo programa, só que com menos palavrão. Vamos fazer o que o povo está pedindo”, resume.
Dos dois, Netinho é o que mais se aproxima de uma efetiva novidade. Ele chegou a participar do Domingo Legal há 6 anos, quando comandou o quadro Um Dia de Princesa – que impulsionou a carreira de apresentador do cantor. Depois de uma passagem bem-sucedida pela Record, em que apresentou o Domingo da Gente até 2006, e da eleição como vereador em 2008, Netinho vai apresentar no SBT o Show da Gente. “Fui chamado para mostrar aquilo com que me identifico. O que estiver no ar está porque é algo em que acredito”, explica o cantor, que tem contrato de sociedade com o SBT – ou seja, tem participação na produção e na receita gerada pelo programa, que estreia neste sábado, dia 9 de maio, e fica no ar das 14h15 às 17h15. O tempo no ar coincide com o de produções conhecidas de outros canais: na Globo, Estrelas e Caldeirão do Huck; na Record, O Melhor do Brasil; na Band, Programa Raul Gil. A concorrência, porém, não assusta Netinho. “A audiência é uma preocupação, mas não é a principal. Tem programas muito bons no horário, mas estamos aí é para trabalhar e correr atrás”, observa.
Motivo para tanta segurança, ele credita à presença de Marlene Mattos por trás das câmaras. Nome forte da Globo ao longo de 19 anos e longe das produções televisivas desde sua saída da Band, em 2004, Marlene conta que só aceitou o cargo de diretora do programa por se tratar de um convite direto de Netinho. “Nós somos amigos desde que eu o convidei para substituir a Xuxa no Planeta Xuxa. Ele sempre dizia que a gente ainda ia trabalhar junto, só o que faltava era a oportunidade”, conta Marlene, que destaca os quadros Papo de Mano e Voluntários da Pátria. Eles farão companhia ao já conhecido Dia de Princesa e ao Concurso Nacional de Pagode, intitulado CNP Brasil. A dedicação ao projeto, porém, não se prolongará por muito tempo. Segundo a própria diretora, ela permanece na função apenas tempo suficiente para ele se “estabilizar”. “Já avisei que só fico o tempo que o programa precisar para ser implementado”, alerta, sem precisar um período específico.
Já Ratinho volta seguindo a mesma linha que o consagrou anos atrás: uma mistura de muito barulho e interação com a plateia e o telespectador. Fora do ar há um ano e meio, o apresentador não pensa duas vezes antes de responder como está se sentindo a poucos dias do retorno. “Estou com um tesão desgraçado”, sintetiza, bem ao seu estilo. O jeito escrachado estará presente novamente, assim como dois velhos conhecidos: os bonecos de espuma Xaropinho e Tunico. Mas nem tudo permanecerá igual. Além de ganhar reforços, como uma banda, Ratinho terá os excessos controlados pelo diretor do programa, Carlos Amorim. “Eu quero fazer circo e ele é mais sério. Acho que isso é que vai dar certo, porque é como o Brasil. Todo mundo vai à missa, mas gosta de Carnaval”, compara o apresentador. Além de tentar dar um ar um pouco mais sério ao programa, o esforço de Amorim inclui também a inserção de mais jornalismo, contando inclusive com a participação de repórteres das praças. “A gente quer evitar que o programa fique chato, mas não podemos esquecer de que o nível de escolaridade do público cresceu. A tevê da baixaria não funciona mais”, alerta.
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