Gastronomia - 29 de novembro

Chico Figueiredo
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
por Jornal A Voz da Serra

Minutas

O querido amigo Mario Moreira é um friburguense que se preocupa com nossa cultura. Tanto que, depois de um bom tempo em Portugal, resolveu voltar à cidade e desenvolver um trabalho cultural com toda a experiência adquirida em sua vida profissional. Atualmente é professor do curso de Comunicação Social da Ucam e de Arte e Educação no CNSD. Artista plástico desde meados dos anos 70, está com trabalhos expostos até o fim deste mês no Crescente Gastronomia, da série intitulada Digital (mosaicos de pinho-de-riga aplicados em suportes). Mario é casado com a portuguesa Cristina Valle, cozinheira de mão cheia, que faz coisas pra lá de gostosas. Segundo nosso amigo, o Bacalhau ao Zé do Pipo, arroz de feijão malandrinho (fiquei curioso em experimentar!), polvo assado no forno, arroz com mariscos, entre os salgados; e as sobremesas são pra lá de saborosas: pastéis de Belém (dizem que é uma loucura!), bolo rei e rabanadas. Pelo visto terei que fazer um perfil especial com a mestre-cuca Cristina! Parabéns ao Mario e a toda a sua família, e que tenha muito sucesso em todas as suas realizações!

Dicionário

RAGU

1. De origem italiana, é basicamente um preparado de carne cozida em um rico molho, acrescido de vinho e creme, que depois será servido com massa. Apresenta variações. Conforme a região em que é preparado. A carne pode ser incorporada desfiada, picada ou moída, como no ragu bolonhês ou cozida em uma única peça, que depois de retirada do molho é servida à parte, como o ragu napolitano.

2. Na França, o termo ragoût refere-se a um refogado encontrado desde o século 17, em que a carne de vaca, peixe ou ave é ligeiramente frita e depois cozida lentamente em um caldo. É servido com molhos e guarnições variadas, podendo ser usado para recheio de pastéis, empadas e vol-au-vents.

3. Na Inglaterra, é refogado muito temperado.

4. Por analogia ao ragu original, o nome é empregado em relação a qualquer cozido de aves, peixes e vegetais.

Receitas

BOLONHESA CLÁSSICA

Ingredientes: 50g de manteiga, 180g de fatias finas de bacon sem a pele, uma cebola grande, finamente picada, uma cenoura, finamente picada, um talo de aipo, finamente picado, 400g de carne de boi, magra e picada, 150g de fígado de galinha picado,500ml de caldo de carne, 250ml de polpa de tomate, 125ml de vinho tinto, ¼ de colher de chá de noz-moscada ralada, 500g de massa (espaguete) e parmesão ralado na altura, quando servir.

Modo de preparo:

1. Aqueça metade da manteiga numa frigideira. Junte o bacon e cozinhe até ficar dourado. Junte a cebola, a cenoura e o aipo e cozinhe em fogo brando durante oito minutos, mexendo de vez em quando.

2. Aumente o fogo, acrescente o resto da manteiga e, quando estiver quente, junte a carne. Desfaça os pedaços de carne e cozinhe até que mudem de cor. Junte o caldo de carne, a polpa de tomate, o vinho, a noz-moscada, sal e pimenta a gosto.

3. Com a panela tapada, deixe ferver e cozinhe em fogo brando durante duas horas, juntando um pouco de caldo de carne se o molho ficar muito seco. Quanto mais tempo o molho cozinhar, mais saboroso ficará.

4. Cozinhe a massa numa outra panela com água salgada até ficar al dente. Escorra e divida em pratos ou um pirex, aquecidos. Deite o molho por cima e espalhe parmesão ralado à altura.

Nota: Tradicionalmente, a bolonhesa era servida com tagliatelle, mas agora se serve com espaguete. Este molho é tradicional na Itália e demora um pouquinho para ficar pronto. Mas vale a pena!

BOM APETITE!

Perfil

Mario Moreira

Designer gráfico e artista plástico

NÃO COME: Leitão assado.

COME DE JOELHOS: Arroz de polvo.

GOSTA DE COZINHAR: Pizza.

SOBREMESA: Os pastéis de Belém que minha esposa faz.

BEBIDA QUE APRECIA: Vinho do Porto.

BOTECO PREDILETO: Casarão de Minas.

RESTAURANTE PREDILETO: O finado Majórica.

CIDADE PARA TURISMO E LAZER: Búzios.

JANTAR INESQUECÍVEL: Com o meu pai, no restaurante que ele possuía, depois que fechava.

O QUE É SER BEM SERVIDO: Com simpatia, porém, sem exageros.

O QUE É SERVIR BEM: Surpreender a quem se serve.

TRÊS COISAS AGRADÁVEIS EM NOVA FRIBURGO: As montanhas, os amigos e poder andar a pé.

TRÊS COISAS DESAGRADÁVEIS: Falta de educação no trânsito, lixo fora das lixeiras e a falta de imaginação de alguns administradores.

O QUE PODERIA SER FEITO PARA ALAVANCAR A RICA GASTRONOMIA DE NOVA FRIBURGO?

Um festival gastronômico bem organizado, com pratos típicos das colônias friburguenses, nosso maior tesouro no que se refere ao turismo de qualidade.

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