Leonardo Carvalho lembra com detalhes o dia em que ficou sabendo que interpretaria o bronco Alfredão em “Três Irmãs”. Ele estava em casa, de manhã, quando o seu telefone tocou e era Dennis Carvalho, seu pai e também diretor da novela. “Ele disse: ‘filho, acabei de sair de uma reunião com o Antonio Calmon e você foi aprovado para o personagem’”, orgulha-se, referindo-se ao autor da trama. Na hora, o ator – que é filho de Dennis com a atriz Christiane Torloni – não acreditou no que acabara de ouvir e caiu em lágrimas. “Só percebi que estava muito a fim de fazer o papel quando comecei a chorar”, emociona-se.
Tanta emoção não foi à toa. Como Leonardo tinha feito o teste para viver o surfista e estudante com inteligência curta há tempos, já tinha dado o processo como perdido. Tanto que, antes de ter qualquer resposta, começou a correr atrás de outros trabalhos. “Já tinha até conversado com outros diretores”, conta, confessando que também sentia um certo receio de ser dirigido por seu pai. “Desde que recebi o roteiro, não dormi. Ficava martelando na minha cabeça: olha o meu pai ali”, revela.
Apesar de ter crescido cercado por atores e diretores, Leonardo – que hoje está com 29 anos – não vê com bons olhos tanta proximidade. Pelo contrário. Ele acha que a pressão é ainda maior sobre ele. Afinal, ainda tem gente que acha que ele é favorecido por ser filho de pessoas tão influentes no meio artístico. “Justamente por conhecer todo mundo, se torna uma relação mais delicada. Como é que você faz quando é amigo de todo mundo e esse todo mundo são as pessoas que vão te empregar?”, argumenta o rapaz, completamente pé no chão.
Nome: Leonardo Torloni de Carvalho.
Nascimento: 15 de maio de 1979, no Rio de Janeiro.
Na tevê: “Gosto muito do Discovery Channel”.
Ao que não assiste na tevê: “Àqueles programas de platéia, que expõem aqueles casos em que a mãe fica com o namorado da filha”.
Nas horas livres: “Vou muito à praia e ao cinema”.
No cinema: “2 Filhos de Francisco”, de Breno Silveira.
Música: “Ouço tudo. Menos heavy metal”.
Livro: “Todos os de Fernando Pessoa”.
Prato predileto: Comida japonesa.
Pior presente: “Um blazer laranja e uma camisa social azul com palmeiras que ganhei da minha avó. Foi o pior presente, mas também o mais bonitinho”, lembra, aos risos.
O melhor do guarda-roupa: Camisa branca.
Perfume: “XS”, de Paco Rabanne.
Mulher bonita: “Minha namorada, Keruse Bongiolo”.
Homem bonito: “Tony Ramos. Pelo ser humano que é”.
Cantor: Tim Maia.
Cantora: Marisa Monte.
Ator: Denzel Washington.
Atriz: Meryl Streep.
Animal de estimação: “A minha cachorrinha shitsu, a Nina”.
Escritor: Pablo Neruda.
Arma de sedução: “O humor que tento ter”.
Programa de índio: Supermercado lotado.
Melhor viagem: “Quando tinha 14 anos e viajei para a Grécia sozinho”.
Sinônimo de elegância: Christiane Torloni.
Melhor notícia: “Saber que meu avô estava 100% recuperado depois de sofrer um derrame”.
Inveja: “Quando me pego olhando outra pessoa e falando: pô, queria estar naquela posição! –, penso que aquilo não é meu. Tenho de ter autocontrole”, defende.
Ira: “Parar em um sinal de trânsito e ver uma criança tendo de fazer acrobacia para conseguir algum dinheiro”.
Gula: Temaki.
Cobiça: “Por conhecimento”.
Luxúria: Minha mulher.
Preguiça: “Sou muito preguiçoso”.
Vaidade: “Tento estar saudável. Beleza, para mim, é sinônimo de saúde”.
Mania: “De tomar banho ao acordar e antes de dormir”.
Filosofia de vida: “Me esforço, genuinamente, para ser um cara íntegro, que fala a mesma coisa que pensa”.
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