Texto e fotos: Alex Sandro Santos
Sua beleza invade as retinas como um verdadeiro espetáculo. Na despedida do inverno, na chegada da primavera, a floração amarelada e deslumbrante desperta o olhar de seus tantos admiradores. Abelhas, beija-flores e tantos outros pássaros encontram no ventre das flores, que medem cerca de dez centímetros, o doce néctar que os faz ir e vir numa velocidade quase que imperceptível aos olhos humanos.
Popularmente conhecida como ipê-amarelo, gênero tabebuia, pode ser encontrada facilmente em Nova Friburgo, região de Mata Atlântica. A mesma árvore, atualmente ameaçada de extinção, pois sua madeira resiste muito bem ao apodrecimento, o que ocasiona um alto valor comercial nas marcenarias e carpintarias, produz sementes aladas, em uma vagem que mede aproximadamente 20 centímetros, que são dispersas pelo vento. A espécie prefere solos úmidos e não muito ondulados, de boa e média fertilidade. Sua altura varia entre cinco a dez metros, com ramos grossos e tortuosos, e suas raízes são extremamente profundas. Nota-se ainda que a intensidade da sua florada varia conforme a amplitude do inverno, ou seja, quanto mais fria a estação, maior e mais vigorosa será sua floração.
Em determinada época do ano o ipê tende a perder suas folhas, e, com isso, a árvore aparenta estar morta. Entretanto, este é um processo determinante para o desempenho da beleza de suas folhas, flores e sementes para a estação seguinte, quando fortemente exibirá com magnificência o grandioso espetáculo de suas pétalas amarelo-ouro.
Deixe o seu comentário